As manchetes jornalísticas e televisivas nos últimos tempos têm sido crueldades praticadas contra o bom senso da nação brasileira. É difícil ler uma manchete ou ouvir uma mensagem num canal de TV ou mesmo em jornais de grande circulação nacional que dê um pouco de acalento e esperanças ao tão sofrido povo brasileiro. Acho que interpretaram que o povo ama ver e ouvir desgraças. Infelizmente, não há nenhum interesse pela propagação do otimismo, do contrário, preferem alimentar o pessimismo como forma de massacrar ainda mais o temperamento da criatura humana porque dá mais ibope. Bem, vamos ao que mais interessa. Dois personagens antagônicos e desencontrados sentaram-se no banco do jardim de uma praça de muita sombra e bem florida, e se propuseram a discutir controvérsias. O Otimismo, decentemente vestido, cabelo penteado, barba feita; o Pessimismo, mal humorado, roupa suja, barba por fazer, mais parecendo um porco no lamaçal do chiqueiro. Peço desculpas aos porcos pela comparação. Desse encontro nada se aproveitou pelo antagonismo de ideias e pontos de vista. Bem, todos nós sabemos que o otimista é aquela pessoa que se revela confiante, esperançoso e positivista. É uma pessoa que acredita que tudo pode dar certo e que nada é considerado impossível. Tem atitudes seguras a todo tipo de problema considerando que todos são passíveis de solução. Na visualização de um copo de água com o líquido até a metade ele diz que o copo está meio cheio. Já o pessimista prefere enxergar o lado negativo das coisas. Essa pessoa prefere deduzir que tudo vai dar errado, não tem esperança que coisas boas podem acontecer. Para ele o copo de água pela metade estará sempre meio vazio. Os jornais de forma geral, e as informações televisivas parecem ter o prazer de falar tantas besteiras para agigantar sofrimento do povo quando abrem a boca numa manchete de primeira página ou na chamativa do programa. Analise esta manchete comigo publicada dia desses: “Permissão para abertura de supermercados sinaliza possível prorrogação do lockdown”. Mensagem totalmente desanimadora, informando a permanência do lockdown, prejudicando ainda mais os sacrificados comerciantes à beira da falência e seus empregados na direção da perda do emprego. Não seria menos aterrorizante que fosse dito: “se todas as pessoas obedecerem a regras ditadas pela Secretaria da Saúde, a abertura dos supermercados sinalizaria a não prorrogação do tão indesejado lockdown”. O significado é o mesmo, mas a última versão do assunto é acalentadora. Em outra manchete ficou expresso: - “Votuporanga registrou 6 mortes em 48 horas”. Terrível não? Eu gostaria de ter lido que muitos lares foram agraciados com crianças que nasceram para enriquecer e alegrar novos papais e mamães por toda uma vida. A manchete seria menos desastrosa e de saudável leitura. Contrariando indesejáveis manchetes, dia desses li uma que me valeu a pena, muito legal mesmo, veja: “Pesquisa da USP comprova que vacina do Instituto Butantã é eficaz contra novas cepas do coronavírus”. Olha que notícia saudável e esperançosa. Na verdade existem outros fatores por trás disso que a gente sabe, mas não conhece. Grandes empresas brasileiras, principalmente as televisivas têm objetivos políticos porque o governo atual as desmamou de sugar o povo brasileiro através de gigantescos empréstimos junto ao BNDE – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, sem a obrigatoriedade de devolução do dinheiro. Quer coisa melhor? E o pior, tinha o apoio de fortes políticos, entidades de cunho nacional e até mesmo o apoio de artistas de todas as modalidades, principalmente cantores, atores, e o ‘diabo a quatro’. A Lei Rouanet é um exemplo vivo dessa crueldade, considerada uma lei de incentivo à cultura. Que enganação, que vergonha, uma lei dessa envergadura só poderia mesmo ter sido aprovada pela má qualidade de políticos brasileiros que participam das atrocidades e se favorecem com elas.