Vanessa Bortolozo (Foto: Divulgação)
Diferentemente das gerações anteriores, que priorizavam estabilidade e salário, os jovens da geração Z, como vimos, valorizam outros aspectos — e isso faz com que o RH das empresas tenha de criar uma estratégia para atrair e reter esses profissionais. Veja algumas ações que você pode aplicar!
Comunicação por meio das redes sociais
As redes sociais são os meios de comunicação mais utilizados pela geração Z, por isso, se você quer atrair os melhores talentos, precisa divulgar as vagas e outras ações da empresa nessas plataformas digitais.
A gestão de talentos, no momento de realizar os processos seletivos, pode dar preferência para as entrevistas virtuais, realizadas com a ajuda de ferramentas de vídeo. Isso otimiza o tempo dos recrutadores e também dos candidatos, além de ajudar a reduzir custos.
Além disso, como os jovens da geração Z são muito confortáveis com o uso da tecnologia, eles se sentirão seguros para responder a qualquer tipo de pergunta, e ainda manterão a desenvoltura, como se estivessem em uma entrevista presencial.
Bons salários e autonomia
Os trabalhadores da geração Z costumam pensar em desenvolvimento profissional e aprendizado antes do salário, mas também são ambiciosos e esperam oportunidades de crescimento profissional, vindo a ter bons salários.
Além disso, como possuem certa dificuldade para lidar com hierarquias, conquistar independência e autonomia são objetivos comuns desses jovens, que ainda procuram um propósito no que fazem.
Também possuem uma autoestima bastante elevada, o que faz com que desejem receber feedbacks positivos acerca de suas habilidades e competências. Portanto, elogiar as suas habilidades é uma maneira de dizer o quanto o trabalho deles é importante para a organização e contribui com o desenvolvimento do negócio.
Horários flexíveis
Para atrair e reter os profissionais da geração Z na sua empresa, é preciso oferecer benefícios, como horários flexíveis. Isso pode ser feito com a concessão de dispensas mediante banco de horas, e aqueles mais comprometidos ainda podem fazer home office alguns dias da semana.
Além disso, pensar nos resultados em vez das horas trabalhadas já é uma tendência que está no radar de grandes organizações para motivar a performance dos colaboradores.
Assim, quando a empresa dá a liberdade para o funcionário produzir quando ele se sentir mais disposto, isso eleva a qualidade das entregas, fomenta a criatividade e, consequentemente, a empresa ganha em inovação.
Incentivo a causas socioculturais
Dinheiro literalmente não é o foco principal dos trabalhadores da geração Z, mas existem outras ações que a marca empregadora pode trabalhar para atrair e reter esses colaboradores.
Por exemplo, a empresa pode se engajar em um projeto social e incentivar a participação deles. Com isso, a tendência é que esses jovens se sintam mais motivados e pertencentes às organizações, pois contribuir com o mundo também é um desejo. Logo, além de fomentar a sua responsabilidade social, a empresa ainda atrai e mantém os seus melhores talentos.
Diante disso, fica claro que os jovens da geração Z no mercado de trabalho possuem características muito próprias e bem distintas das gerações anteriores — o que não diminui a contribuição e a importância deles, já que são capazes de contribuir de forma bastante ativa, além de terem muita facilidade para lidar com a tecnologia.
Nesse cenário, para atrair e reter os jovens da geração Z, a empresa precisa adaptar os seus processos e, até mesmo, a sua cultura organizacional.
*Vanessa Bortolozo é jornalista e especialista em Gestão de Pessoas