Deste total, 14 já foram encaminhados para a Casa de Estar Mão Amiga para receberem estadia temporária e alimentação
Até o momento, foram feitos 14 encaminhamentos para a Casa de Estar Mão Amiga
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Recentemente, a população de Votuporanga começou a reclamar das pessoas que estão em situação de rua no município. A reclamação maior foi com respeito à Praça Dr. Fernando Costa, conhecida Praça da Matriz. Segundo os munícipes, é impossível andar por lá sem ser abordado por pedintes. De acordo com a Prefeitura, semanalmente são realizadas abordagens no local para minimizar a situação. Somente neste ano, o Executivo contabilizou 25 pessoas em situação de rua.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, explicou que as abordagens são realizadas em parceria com a Polícia Militar, que ao identificar pessoas em situação de rua, encaminham imediatamente para a pasta. “Foram realizados 25 cadastros de pessoas em situação de rua em Votuporanga desde 6 de janeiro até o dia 16 de fevereiro”, disse o titular da pasta, Emerson Pereira.
Após realizar o cadastro, a Secretaria oferece alguns serviços que podem auxiliar essas pessoas a terem uma melhor condição de vida. “Oferecemos o acolhimento, por meio da Casa de Estar Mão Amiga ou Casa Abrigo Irmãos de Emaús; passagem para a cidade de origem, por intermédio de parceria firmada com a Secretaria de Assistência Social; de saúde, com encaminhamento direto à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), ao CAPS AD ou internação (por dependência química ou álcool)”, explicou o secretário.
De acordo com dados da Secretaria, até o presente momento, foram feitos 14 encaminhamentos para a Casa de Estar Mão Amiga para receberem estadia temporária e alimentação. Outra ajuda destacada foi com respeito às vagas para o projeto Votuporanga em Ação II. “Viabilizamos no mês de fevereiro 10 vagas para pessoas que declararam estar em situação de rua. Elas trabalham quatro horas diárias e recebem meio salário mínimo, mais cesta básica”, comentou.
Trabalho de prevenção
O secretário Emerson Pereira ressaltou que todo trabalho tem sido feito por parte do Poder Público para ajudar estas pessoas, inserindo-as novamente no mercado de trabalho, enviando-as às suas respectivas cidades de origem ou viabilizando internação.
Emerson falou que nos últimos anos a Administração Municipal conseguiu amenizar o problema social depois da criação da Secretaria de Direitos Humanos. “Nossa meta é conseguir manter um número baixo de pessoas encaminhadas para casas de acolhimento, porque se aumentar demais acaba causando muito transtorno à sociedade”.
Além disso, constantemente estão sendo discutidas ações que visem melhorar o atendimento e a qualidade dos serviços prestados, como reuniões com a Secretaria de Assistência Social e entidades.
O secretário ainda divulgou que o número de pessoas no Centro da cidade, até o presente momento, é baixo. “São pessoas que não aceitam ajuda do Poder Público. Vale ressaltar também que muitos dos alcoólatras que ficam nas praças públicas causando transtornos, são moradores do município e possuem familiares. Ao serem abordados, não aceitam ajuda para internação em clínicas parceiras”, revelou.
A orientação dada pelo secretário é para que não doem dinheiro a estas pessoas, pois muitos acabam utilizando para ingerir bebida e outras drogas.