Essa é a segunda vez que Alex Gimenes vê sua loja ser invadida pela água; ele garante que vai entrar com ação contra a Prefeitura
Essa não é a primeira vez que a água toma conta da via e os moradores já estão cansados de pedir providências para a Prefeitura
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
O que era para ser uma noite de sexta-feira normal acabou se tornando um pesadelo para os moradores da rua Padre Izidoro Cordeiro Paranhos. É que uma tempestade chegou de surpresa e acabou inundando diversas casas e comércios existentes no local. Essa não é a primeira vez que a água toma conta da via e os moradores já estão cansados de pedir providências para a Prefeitura. O comerciante Alex Gimenes perdeu mais de R$ 30 mil após a enchente invadir a sua loja.
O problema com enchentes na rua Padre Izidoro Cordeiro Paranhos é antigo. Moradores relataram para o A Cidade que a chuva da última sexta-feira deixou todo mundo nervoso. “Essa é a segunda vez que tomo prejuízo por causa da enchente. Na primeira vez eu perdi R$ 15 mil, mas não entrei com ação contra a Prefeitura. Dessa vez foram mais de R$ 30 mil. Não vou ficar parado, já contratei advogado e vou atrás dos meus direitos”, desabafou Alex Gimenes, dono de uma loja de ferramentas que existe há cinco anos no local.
Para Alex, é uma pouca vergonha o que acontece com a rua quando chove mais do que o esperado. “Sai prefeito, entra prefeito e fica a mesma situação. Já não sei quantas vezes noticiaram que a verba foi liberada para a obra e até agora nada. Eu cansei de ficar perdendo material e ninguém fazer nada, por isso que dessa vez eu não vou ficar calado, se eu tiver que gastar R$ 50 mil com advogado para receber R$ 30 mil eu gasto”, disse.
Regiane Leite e o marido Gilson Bauduino possuem um comércio no local há 22 anos. Segundo eles, os moradores sempre acabam perdendo quando chove mais do que o esperado. “Ajudar ninguém ajuda mesmo, mas os quatro carnês de impostos já chegaram aqui em casa”, falou Gilson.
Regiane falou ainda que os transtornos só acabaram depois das duas e meia da manhã. “Nesse horário tinha pessoas limpando suas casas porque entrou água. Um homem quase morreu dentro do carro porque os vidros elétricos não estavam funcionando e a água invadiu o veículo, sorte que ele conseguiu sair, a água batia na barriga dele”, contou.
Outra vítima das chuvas foi Leonardo Vendite Castrequini, que mora há 30 anos no local. “Desde que vivo aqui é assim. Já foi muito pior, só que quando construíram uma galeria lá no começo da rua diminuiu, mas ainda continua. Dessa vez a água invadiu, além da minha casa, a minha oficina, ainda não contabilizei quanto vou ter que gastar com o que acabou estragando por causa da água”, comentou.
Aparecido Donizete da Silva, dono de um salão de beleza, está cansado com a situação e ficou bastante assustado com o que ocorreu na noite da última sexta-feira. “A situação na Padre Izidoro foi caótica, asfalto arrancado, imóveis cheio de água e lama. Se der mais uma chuva dessa com certeza não vai mais existir essa rua na cidade”, relatou o morador.