Segue o impasse entre a Santa Casa de Votuporanga e o Governo do Estado de São Paulo
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Não agradou em nada a Santa Casa de Misericórdia de Votuporanga o posicionamento do Governo do Estado em ignorar os atrasos nos repasses para o hospital. A unidade de saúde lamenta o posicionamento do Estado e explicou que atrasa os salários dos médicos para não precisar suspender os atendimentos.
O hospital informou o A Cidade que existem repasses governamentais em atrasos referentes ao programa “Santas Casas Sustentáveis”, no qual a entidade é classificada como Hospital Estruturante. Em 2014, a Santa Casa elevou sua área de atuação de 17 para 53 cidades da região, aumentando o número de atendimentos como uma contrapartida para receber um recurso mensal que, na época, era de R$ 828 mil.
Atualmente, existe um contrato entre a Santa Casa de Votuporanga e a Secretaria Estadual de Saúde no valor de R$ 934 mil (mês) que estabelece metas físicas e de qualidade, que devem ser cumpridas rigorosamente, onde constantemente a entidade é avaliada. “Contudo, desde o final do ano passado, esses repasses estão chegando com atraso, causando um desencaixe financeiro grave para o hospital, que na data de hoje acumulam três meses e somam R$ 2.802.000”, explicou.
Ainda segundo o hospital, diante dos atrasos acumulados, a Santa Casa passou a atrasar os pagamentos de médicos e fornecedores para não suspender atendimentos e serviços. “Essa é a situação que todos podem, se desejar, averiguar junto ao hospital. Portanto, a Santa Casa não aceita e lamenta, profundamente, o posicionamento do Estado e da Secretaria Estadual de Saúde”. A unidade de saúde ressalta que está à disposição para buscar soluções e continuar a atender a população de Votuporanga e região com profissionalismo, qualidade e humanização.