Manifestantes são contra as reformas da Previdência e trabalhistas, do governo Michel Temer (PMDB)
Manifestantes saíram da praça São Bento e percorreram várias ruas de Votuporanga
Da Redação
Os sindicatos de Votuporanga se uniram contra as reformas da Previdência e trabalhistas, do governo Michel Temer (PMDB), na manhã de ontem (28) na cidade. De acordo com a Polícia Militar, cerca de duas mil pessoas participaram da manifestação. “A PM não registrou nenhum incidente e o movimento foi extremamente pacífico”, afirmou o capitão Edson Fávero.
De acordo com as entidades, a reivindicação é contra a terceirização, parcelamento de férias, diminuição de horário de refeições, mudança na jornada de trabalho e eliminação de regras da CLT. Além disso, o movimento é contra a nova reforma da Previdência Social. Com a nova reforma os trabalhadores homens precisarão ter no mínimo 65 anos e as mulheres no mínimo 62 anos.
Nas ruas, os manifestantes levaram cartazes com dizeres como “Não às reformas da Previdência e Trabalhista”, “Não para o fim dos direitos trabalhistas. #todoscontra” e “Em direitos não se mexe!”. Além disso, eles gritavam “Fora Temer”. Eles saíram da praça São Bento e percorreram pelas ruas Tocantins, São Paulo, Amazonas, Alagoas e Pernambuco, seguindo novamente à praça.
Segundo a presidente do Sincomerciários, Lia Marques, a manifestação foi uma forma de mostrar o que o país não quer. “Somos contra as reformas do governo. Nós estamos aqui protestando contra o governo que não nos representa. Ou param as reformas ou paramos o Brasil”, afirmou.
Para Vanderlei Corsini, conselheiro da sub-sede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a manifestação mostra a indignação da população. “Estamos lutando para trabalhar e ter uma aposentadoria digna. Há uns dias eles falavam que precisavam ouvir as ruas e hoje falam o contrário. O trabalhador não é obrigado a pagar as contas. O que o país precisa é de uma reforma política”, afirmou ao A Cidade.
De acordo com Paulo Laurindo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Votuporanga e região, os direitos dos trabalhadores estão acabando. “Estamos apoiando porque a luta de 70 anos está sendo jogada no lixo, acabando com os direitos dos trabalhadores”, afirmou.
Para Angelita Toledo, da Rede Panapanã, as mulheres são as que mais sofrem com as reformas. “Se elas adoecerem, não receberão auxílio doença, se engravidarem, não receberão salário maternidade, se perderem os maridos, não terão pensão. Elas são as que sofrem mais impactos”, afirmou.
O movimento também teve o apoio do movimento estudantil de Votuporanga. Segundo Guilherme de Abreu, líder do movimento, os estudantes são contra todo tipo de reforma do governo Michel Temer. “Somos contrários ao governo Temer e vemos que essas reformas são pacotes de maldades para acabar com toda a classe trabalhadora”, afirmou.
(Colaborou Gabriele Reginaldo)