PT e Psol protocolaram o pedido na tarde de ontem na Câmara Municipal; representação está na Comissão de Ética
Pedido de cassação do vereador Dr. Ali foi protocolado na tarde de ontem (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Depois do pedido de cassação de Hery Kattwinkel (PTC), mais uma representação foi apresentada na Câmara Municipal de Votuporanga, desta vez contra o vereador Dr. Ali (PV). PT e Psol protocolaram o pedido na tarde de ontem.
Em conversa com A Cidade, Rosa Maria Chiquetto, presidente do PT local, explicou que os partidos só irão se pronunciar mais profundamente sobre a questão quando o processo for lido na Câmara, o que deve ocorrer na próxima segunda-feira.
Segundo a líder do Partido dos Trabalhadores no município, o motivo seria um contrato entre a Prefeitura e um parente do vereador. O pedido também foi assinado pelo presidente do Psol, Antônio Roberto Martins Fernandes, o Lamparina.
Também na tarde de ontem, em coletiva de imprensa, o presidente da Casa de Leis, o vereador Osmair Ferrari (PP), falou sobre mais esse processo de cassação. Ele ressaltou que a Câmara novamente realizou uma coletiva para deixar bem claro para a população sobre o que está acontecendo no Poder Legislativo. O pedido já foi encaminhado para Comissão de Ética. Como o vereador Dr. Ali faz parte da Comissão, ele precisará sair, então quem assumirá o posto é o vereador Antônio Carlos Francisco (SD). “Provavelmente, na próxima segunda-feira, os dois pedidos serão deliberados pelo plenário”, falou.
Dr. Ali comentou com a imprensa sobre a questão: “se for o que estão falando, do meu filho ter firmado contrato com o município, realmente isso é verdade, mas em uma licitação formalizada formalmente, uma licitação em que várias pessoas foram convidadas”. O parlamentar garantiu que em relação a isso ele está muito tranquilo porque tudo respeita a lei.
O legislador fez questão de ler um trecho do Código de Ética da Câmara: “firmar ou manter contrato com órgãos da Administração Pública Municipal direta e indireta ou fundacional ou com empresas concessionárias de serviços públicos municipais, salvo quando o contrato obedecer às cláusulas uniformas”. O trecho seguinte diz: “ser proprietário, controlador ou diretor da empresa que goze de favor decorrente de contrato como pessoa jurídica ou nela exercer função remunerada”. “Ora, eu não sou proprietário, não sou diretor, não sou controlador, não sou nada, então estou respaldado é na lei”, falou.
Sessão da Câmara
Na sessão ordinária da noite de ontem, Dr Ali também falou sobre a questão. Já o vereador Sílvio Carvalho, o Silvão (PSDB), comentou sobre os dois processos de cassação. Conforme ele, os munícipes o questionam sobre explicações em relação ao que está acontecendo. “Na verdade, nós não temos nada em mãos. Foi feita a denúncia, o processo entrou na Câmara, e nós não temos cópia ainda”, disse.