O prefeito João Dado garantiu que o Poder Executivo fará tudo para que as favelas desapareçam de Votuporanga
Moradores da favela do Matarazzo constantemente cobram o desfavelamento do local (Foto: Arquivo)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O ano que vem será de mudanças nos governos Federal e Estadual, o que pode provocar também alterações na economia dos municípios. Em Votuporanga, um dos desafios da Administração Municipal é o desfavelamento de duas localidades da cidade, algo bastante esperado há muito tempo.
Em entrevista para a Cidade FM, o prefeito João Dado garantiu que o Poder Executivo fará tudo para que as favelas desapareçam de Votuporanga. De acordo com ele, 58 famílias moram em condições inadequadas e que desfavorecem a dignidade no local conhecido popularmente como favela do Matarazzo. Nas proximidades, existe um espaço chamado de favela Esmeralda, onde estão mais 56 famílias. No córrego Boa Vista, estão oito famílias e mais 14 moram na Olímpio Formenton. Portanto, existem 136 famílias necessitando de melhores moradias.
O gestor público apontou que existem dois caminhos para que as favelas sejam eliminadas. O primeiro é por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), em que a Prefeitura oferece o terreno para que as casas sejam construídas. No entanto, aconteceu que os próprios moradores do Matarazzo não aceitaram que fossem feitas residências de sobrado – estava prevista a construção de 120 unidades desta forma. “Nós estamos batalhando agora no CDHU para 64 unidades lá no terreno do IBC. Isso pode estar na fase conclusiva do projeto no CDHU”, comentou.
Dado observou que para a construção de residências, o município precisa de terrenos. Por isso, desde 2017 a sua administração está em contato com a superintendência do patrimônio da união. Conforme ele, a União é proprietária de várias áreas em Votuporanga, e a Prefeitura busca que esses terrenos sejam passados para a cidade, que teria condições de oferecer área para a construção de casas.
Em agosto, moradores da favela do Matarazzo cobraram o desfavelamento do local. Eles foram reivindicar a questão na sessão da Câmara Municipal de Votuporanga, que em certo momento foi interrompida por conta das reclamações. Na oportunidade, o vice-presidente da Associação dos Moradores do Matarazzo, Ismael Lopes Fernandes, 41 anos, contou que os moradores estão descontentes com a situação, já que está cada vez mais difícil permanecer no local. “Eles falam que vão tirar as nossas casas de lá, os nossos barraquinhos e até agora nada. Quando chove, entra água em uma porta e sai na outra”, relatou.