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Cidade
Especial 8 de Agosto | Fé e devoção: o amor dos votuporanguenses por Frei Arnaldo
Desde o seu legado na fé até sua devoção pelo esporte, o corinthiano fervoroso personificava o afeto e otimismo em todas as áreas em que se dedicou em vida
Era uma tarde quente em outubro de 1976 quando Votuporanga perdeu um de suas mais queridas personalidades. Frei Arnaldo Figueiredo, nascido em Itaporanga, encontrava-se a caminho da cidade votuporanguense para as festividades da padroeira Nossa Senhora Aparecida. Um acidente automobilístico no trevo de Nhandeara interrompeu sua jornada. A notícia correu rápido, e a cidade mergulhou em luto. Quem conta de muito perto sobre a vida de Frei Arnaldo, enquanto esteve em Votuporanga, foi Antonio Carlos Alves, que conviveu a sua infância próximo do tão querido Frei.
“Minha convivência com ele se deu na minha infância, com poucas lembranças na memória. Ficou marcante nossas idas aos sítios e fazendas para arrecadar prendas para a quermesse. Posso afirmar que frei Arnaldo foi uma pessoa carismática, humilde, amorosa, que se dava bem com todos”, disse ele.
Antonio relatou que quando realizou pesquisa para os 25 anos de seu falecimento, todas as pessoas com quem ele falou foram categóricas em afirmar a amizade que ele cultivava com todos. “Tinha grande apreço pela juventude espírita, muita proximidade com a Colônia Japonesa, corinthiano roxo, grande torcedor da Associação Atlética Votuporanguense. Estava sempre rodeado de crianças e jovens”, finalizou.
A história
Frei Arnaldo chegou a Votuporanga em janeiro de 1957, apenas um ano após ser ordenado sacerdote. O jovem frei, então com 28 anos, rapidamente conquistou a simpatia dos moradores, especialmente da colônia japonesa, que o considerava uma figura paternal. Seu papel como vigário cooperador da Paróquia Nossa Senhora Aparecida foi marcado por um carisma ímpar e uma dedicação incansável ao trabalho pastoral. A paixão de Frei Arnaldo pelo futebol era evidente. Fervoroso corintiano, ele também tinha um carinho especial pela equipe local, a Votuporanguense. Sua presença nos jogos era constante, e ele frequentemente utilizava o esporte como uma ferramenta de aproximação com a juventude da cidade. Sua jovialidade e alegria contagiante transformavam as arquibancadas em uma extensão de sua paróquia.
Conhecido por sua generosidade, Frei Arnaldo tinha uma habilidade única de fazer todos ao seu redor se sentirem especiais. Sua maneira expansiva e sem muitas formalidades cativava a todos, tornando-o uma figura central nas brincadeiras e nas histórias compartilhadas pela comunidade. Ele era uma mistura rara de rigor espiritual e leveza de espírito, sempre pronto para um bom riso.
Em janeiro de 1969, Frei Arnaldo foi transferido para Ilha Solteira, deixou Votuporanga com uma tristeza palpável. Mesmo assim, ele continuou a visitar a cidade regularmente. Na fatídica manhã de 12 de outubro de 1976, enquanto viajava para pregar na festa da padroeira, seu carro foi atingido por um ônibus no Km 509 da rodovia Feliciano S. Cunha. A morte foi instantânea, e Frei Ludovico Sesso, que dirigia o veículo, sobreviveu por poucas semanas.
O funeral de Frei Arnaldo foi um testemunho de seu impacto na comunidade. Mais de 5 mil pessoas compareceram à cerimônia, que contou com uma missa concelebrada por inúmeros sacerdotes. A decisão de sepultá-lo em Votuporanga, a pedido da população, foi uma prova do amor e da devoção que ele inspirou. Seu túmulo se tornou um lugar de memória e reflexão para muitos.
Quase cinco décadas após sua morte, a memória de Frei Arnaldo permanece viva em Votuporanga. Sua influência vai além do campo religioso, estendendo-se ao esporte e à vida comunitária.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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