O metano é um dos gases que contribuem para a intensificação do efeito estufa (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
Os governos de 97 países, incluindo o Brasil, aderiram ao Compromisso Global do Metano na terça-feira (2) durante um encontro na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que ocorre em Glasgow, na Escócia. O acordo prevê a redução de 30%, em relação aos níveis de 2020, das emissões do gás até o final desta década.
O compromisso havia sido anunciado pelos EUA e pela União Europeia em meados de setembro. Com o anúncio dos novos signatários, o acordo passou a incluir metade dos 30 principais emissores de metano, que respondem por dois terços da economia global. A meta de redução de 30% é coletiva. O acordo não especifica ações de países. Apontados como os três países que mais emitem o gás no planeta, China, Rússia e Índia não assinaram o compromisso.
Apesar de ainda não haver um anúncio oficial da adesão do Brasil, o Ministério do Meio Ambiente confirmou ao portal G1 a assinatura do acordo. O país é o quinto maior emissor do gás e resistia ao acordo, que implica a revisão de processos na pecuária. A pressão dos Estados Unidos nas últimas semanas foi decisiva para a adesão brasileira, segundo o jornal O Globo.
O metano é um dos gases que contribuem para a intensificação do efeito estufa. Apesar de não serem tão abundantes na atmosfera quanto moléculas de gás carbônico (CO2), moléculas de gás metano (CH4) são capazes de reter 21 vezes mais calor.
As emissões do gás decorrem fundamentalmente da atividade humana: quando combustíveis fósseis como petróleo e carvão mineral são extraídos do fundo da terra, gás natural contendo moléculas de metano é liberado. A queima desses combustíveis também libera o gás, que é ainda um subproduto da decomposição do lixo e do esgoto humanos, e do processo de digestão do gado.
*Com informações do Nexo Jornal.