Dr. Marcos Eduardo dos Santos Dotto explicou os malefícios e como ter qualidade de vida
Porcentagem alta e que merece nossa atenção, já que pode prejudicar o funcionamento do nosso corpo e, consequentemente, a nossa saúde (Foto: Divulgação/Santa Casa de Votuporanga)
Estresse. Comum no nosso dia a dia e que, infelizmente, atinge, em algum momento, grande parte da população, independentemente da idade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acomete mais de 90 % da população.
Porcentagem alta e que merece nossa atenção, já que pode prejudicar o funcionamento do nosso corpo e, consequentemente, a nossa saúde. “A exposição constante e frequente ao estresse gera uma série de alterações fisiológicas no organismo, aumentando a liberação de cortisol e adrenalina, favorecendo patologias crônicas como hipertensão e diabetes”, explicou o cardiologista do SanSaúde, Dr. Marcos Eduardo dos Santos Dotto.
Entre os problemas à saúde, é um fator de risco cardiovascular importante. “O estresse é uma resposta frente a um estímulo, com produção de cortisol e adrenalina, que agem diretamente no sistema cardiovascular desencadeando a diminuição de fluxo nas coronárias, o que podem levar a crise de angina (dor no peito) ou até infarto agudo do miocárdio. A pressão arterial também pode ser alterada, causando cefaleia e tonturas”, ressaltou.
E não é só isso: o cortisol também é liberado na corrente sanguínea, de acordo com estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. “Em pessoas com histórico de doença cardiovasculares, aumenta o risco de morte em até cinco vezes”, frisou.
Como combater o estresse?
Devemos seguir regras segundo a OMS, que entende como saúde, o bem-estar biopsicossocial e espiritual. “Concilie lazer, trabalho, alimentação saudável, exercícios físicos regulares e sono; além de fé ou religião”, disse.
Fatores de risco
Muitos são os fatores de risco para doenças cardiovasculares. Idade, sexo e histórico de doença familiar são conhecidos como não-modificáveis, mas tem menor influência em comparação aos modificáveis, como estilo de vida, alimentação, sobrepeso/obesidade, tabagismo, estresse, que podem levar o aumento da prevalência e do risco destas patologias (problema do coração e da circulação).
Representam a principal causa de morte no Brasil. São mais de 1100 por dia. “Causam o dobro de óbitos que todos os tipos de câncer juntos. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, ao final deste ano, quase 400 mil brasileiros serão vítimas de doenças do coração e da circulação. Muitas fatalidades poderiam ser evitadas ou postergadas, com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. Pequenas mudanças nos hábitos diários podem se tornar grandes feitos para a nossa saúde”, finalizou.
*Com informações Santa Casa de Votuporanga