Da Redação
“Adoniran” é o nome do espetáculo que o Circuito Cultural traz à Votuporanga, por meio da parceria consagrada entre a Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Turismo e o projeto paulista, às 20h30, no palco do Centro de Convenções Jornalista Nelson Camargo, com entrada gratuita.
O espetáculo de dança e teatro irá mostrar o universo da obra de Adoniran Barbosa, com toda sua simplicidade desconcertante, bom humor e ingênua malandragem. Ao som de violão, pandeiro, caixa de fósforos e sapatos, o espetáculo mergulha no romantismo, no samba, na solidariedade e na resignação das poesias de um dos maiores ícones da música popular brasileira e comemora os 100 anos de seu nascimento.
A duração prevista de “Adoniran” é de 60 minutos, sendo que o espetáculo pode ser visto e apreciado por pessoas de todas as idades
Adoniran
Adoniran nasceu na cidade de Valinhos, interior de São Paulo, em 6 de agosto de 1910. Filho de imigrantes italianos, abandonou os estudos ainda no primário para trabalhar. Foi tecelão, balconista, pintor de paredes e até garçom. Adoniran criou uma galeria de personagens, sempre cômicos, como o malandro Zé Cunversa ou Jean Rubinet, um galã de cinema francês. O linguajar popular de seus personagens encontrava par em suas composições. A maneira de compor sem se preocupar com a grafia correta tornou-se sua maior característica e lhe rendeu críticas de gente como o poeta e compositor Vinícius de Moraes. Adoniran não deu importância às declarações de Vinícius, tanto que musicou uma poesia do escritor carioca transformando-a na valsa "Bom Dia, Tristeza". Às críticas que recebia Adoniran rebatia: "só faço samba pra povo. Por isso faço letras com erros de português, porque é assim que o povo fala. Além disso, acho que o samba, assim, fica mais bonito de se cantar." Adoniran Barbosa morreu em 23 de novembro de 1982, aos 72 anos.
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