Andressa Aoki
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Ir ao encontro dos pacientes. Este é o objetivo do Peca (Projeto Expedições Científicas e Assistenciais), da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, que chega em Votuporanga em 2011. O programa tem o intuito de ampliar a medicina preventiva e promover suporte básico de saúde por meio do contato local com os bairros visitados na cidade, fornecendo atendimento médico para a população com o apoio dos universitários, supervisionados por professores e médicos.
Durante os dias de 19 a 26 de janeiro, cerca de 200 pessoas — entre alunos e docentes — do curso de medicina da Santa Casa de São Paulo, com a supervisão do professor Paulo Carrara de Castro, irá efetuar palestras e oficinas sobre temas diversos para os atendidos, além de desenvolver ações de triagem e prevenção para o câncer de pele, glaucoma, catarata. câncer de colo de útero, doenças parasitárias, acidentes de trabalho, distúrbios mentais, alcoolismo, diabetes, hipertensão, entre outras. Também será realizado atendimento médico em diversas
especialidades como acupuntura, cirurgia geral, clínica médica, dermatologia, geriatria, ginecologia, medicina da família, medicina do trabalho, neurologia, oftamologia, ortopedia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria, psiquiatria, radiologia e urologia. "A triagem será feita por alunos do primeiro ano. Os do segundo conversam com os pacientes para saber o histórico. Já os do quarto e quinto anos fazem os exames e encaminham para as especialidades. Depois, os medicamentos necessários serão doados gratuitamente", explicou a coordenadora do projeto, Priscila Marcondes Biancalana.
Os procedimentos serão realizados na Vila Carvalho (no Centro Comunitário) e em Simonsen (na escola). Ela ressaltou que 150 moradores da Vila Carvalho já se cadastraram para a ação e que os interessados de Simonsen devem procurar a unidade básica de saúde do Distrito. "A expectativa é de realizar 800 atendimentos", afirmou.
A representante da Secretaria Municipal da Saúde, Vera Dorigão, enfatizou a escolha dos locais. "A Vila Carvalho é composta principalmente por idosos, de difícil deslocamento. Já em Simonsen apostamos no envolvimento da comunidade. O projeto será interessante em todos os sentidos, principalmente na troca dos alunos com os profissionais", emendou.
Valéria Cruz falou da parceria com a Unifev. "A instituição está acomodando o pessoal. A Unifev acredita na educação permanente e quando estamos nos referindo ao processo educacional, é um quadrilátero: trabalhadores da área, serviço, instituições de ensino e gestores", destacou.
Já a diretora técnica da Santa Casa, Ana Virginia Marciel  Rocha Leone, ressaltou que com o Peca os beneficiários são muitos. "Não sei quem ganha mais: o paciente, a Santa Casa de Votuporanga ou a de São Paulo. A atividade não irá interferir nos atendimentos do hospital, mas somar. As cirurgias agendadas serão feitas, estamos nos reorganizando para atender também o programa", complementou.

Cirurgias
 O administrador da Santa Casa de Votuporanga, Mário Homsi Bernandes, explicou sobre as cirurgias, a pedido do jornal A Cidade.  "Temos um prazo para fazer um mutirão de cirurgias que foram autorizadas. Antecipamos a ação para janeiro pela questão da equipe de São Paulo e do projeto. O mutirão irá atender 16 municípios da região e suas necessidades, em especial oftalmologia e ginecologia. Iremos disponibilizar a agenda do hospital para que sejam feitas as cirurgias", disse.

7ª edição
Votuporanga irá sediar a 7ª edição do Peca. A primeira versão do projeto foi realizada em Sandovalina (extremo oeste paulista), no ano de 2004; a segunda em Santo Anastácio e Narandiba, interior de São Paulo, em 2006. Em janeiro de 2007 foi realizado o terceiro evento na cidade de Ituverava, na região de Franca. Em 2008, o projeto retornou a Ituverava, nos distritos de São Benedito da Cachoeirinha e Aparecida do Salto. Já em 2009, o projeto foi realizado em Itapeva. A última edição retornou a Itapeva entre os dias 20 e 27 de janeiro.
"O Paulo Carrara entrou em contato comigo, solicitando oportunidade do projeto. Estamos de fronteiras abertas. Eu não teria condições de contribuir para um processo e o prefeito [Nasser Marão Filho] e a secretária Fabiana Parma colaborassem. Envolve uma grande movimentação junto a comunidade", finalizou.

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