Ator fala sobre seu polêmico papel em "Passione", Grazi Massafera, Hollywood e um beijo gay
Da Redação
Aos 30 anos, Cauã Reymond vive uma das melhores fases da sua carreira. A relação com o cinema passou de flerte para namoro sério – fez quatro longas-metragens com estréia marcada para 2011. Acostumado a viver tipos bem menos complexos em seus trabalhos na TV, o carioca se destaca no elenco de “Passione”, de Silvio de Abreu, vivendo um ciclista profissional que, após usar drogas para melhorar seu desempenho nas pistas, acaba se viciando em crack.
Além disso, é casado com a atriz Grazi Massafera, uma das mulheres mais cobiçadas do Brasil. Mais: está escalado para o seu primeiro protagonista na próxima novela das seis, “Pisa na Fulô”.
Qual é o segredo para tanto sucesso? “Eu não amarelo para desafio. Acho que isso é coisa de lutador: se tem um obstáculo, bate um friozinho, mas eu encaro de frente”, explica o ator.
Para entrar no universo do Danilo, seu personagem na novela das oito da Globo, Cauã deu um mergulho no mundo das drogas. Visitou centros de reabilitação e passou uma tarde na cracolândia, em São Paulo. “A sensação que tive era de que o usuário não é o senhor de si mesmo. Acho que a única pessoa sã, naquele lugar, é o traficante. O usuário vira um zumbi. Dorme ao lado de onde defeca”, conta ele, que não se posiciona a favor da legalização das drogas no Brasil. “Falta estrutura”, opina ele.
Avesso a falar sobre a vida pessoal, Cauã tenta se esquivar com delicadeza das perguntas sobre o relacionamento com Grazi Massafera, a quem se refere como sua mulher. “Nós já somos casados, né? Oficializar não é uma obrigatoriedade para mim, mas se acontecer não vou achar ruim. É legal reunir as famílias em prol de uma união. Já filhos, com certeza, vamos ter”, declara. Contracenar com Grazi não está nos planos. “Trabalhar junto em uma novela ou filme é perigoso, porque já estamos todos os dias juntos. A gente até teve alguns convites para campanhas publicitárias, mas preferimos não fazer. Era uma forma de preservar a relação, principalmente no começo”, explica. “Mais para frente, talvez. Se tivermos um filho, não vejo porque não fazer algo juntos.”
Em um dia de folga das gravações de “Passione”, ainda se recuperando da cirurgia no quadril que o obriga a usar bengala, Cauã Reymond recebeu a reportagem para um bate-papo e duas sessões de fotos no Rio. “A fama me seduziu um pouco no começo, passei três meses deslumbrado. Depois passou. Ser um cara avesso a badalações é um traço da minha personalidade, não uma estratégia. Eu sempre fui assim. Por ter sido atleta por muitos anos, eu descobri o prazer em outras coisas”.
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