Quinta edição do Festival do Cooperativismo comemorou os 5 anos do programa Cooperjovem
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Três locais diferentes da escola Dinâmica, característica comum: integração. A quinta edição do Festival do Cooperativismo — promovido pelo Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), Coacavo (Cooperativa do Agronegócio e Armazenagem de Votuporanga), Credlíder, Coopevo/Dinâmica e Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo — demonstrou que é possível ensinar práticas de cooperação e cooperativismo para os alunos. O resultado foi comprovado durante todas as brincadeiras do dia. Muita criança de
mão dada e dinâmicas que para realmente funcionarem, dependia do todo. O evento teve a coordenação de Vanessa Zeitune.
Lições de que a união faz a força e tantas outras foram ensinadas pelo programa Cooperjovem. "Os professores passaram por uma capacitação de 60 horas com a temática cooperação e cooperativismo. Eles tiveram oficinas de jogos e danças cooperativas, para trabalhar alguma questão da escola. O festival é o fechamento de todo o ano", explicou Marina Capusso, do Sescoop/SP, responsável pelo programa no Estado.
Marina destacou que o programa é nacional e é desenvolvido em 15 Estados desde 2000 e em São Paulo, desde 2001. "Votuporanga é um exemplo porque tem envolvimento das cooperativas e da Secretaria de Educação. Isso gera resultados como maior integração da equipe docente, além de que os pais se sentem mais próximos às escolas. Alunos estão aprendendo valores diariamente, além do conteúdo pedagógico", ressaltou.
Ela enfatizou que muitos professores encaravam a profissão como solitária. "Era apenas o profissional na sala. Mas o intuito é mobilizar toda a comunidade", emendou.
A multiplicadora do Sescoop em Votuporanga, Fernanda Riva Cham, ressaltou que Votuporanga apresentou 14 projetos entre CEM´s (Centros de Educação Municipal) e Cemeis (Centro de Educação Municipal Infantil). "Desde quando começamos o trabalho, muita coisa mudou. As escolas têm pais mais presentes no aprendizado do filho, além de que os alunos se comunicam mais entre eles, principalmente no intervalo", afirmou.
Questionadas se a cooperação e cooperativismo ajudam a diminuir o bullying, Marina disse que sim. "Quando se trabalham questões como a importância do seu colega e o seu papel na instituição, melhora o relacionamento", ressaltou.
Já Fernanda destacou que nas escolas do projeto, a visão dos pais e principalmente da comunidade com relação à instituição. "A escola se tornou parceira e eles, inclusive, cuidam mais do patrimônio. Fizemos um projeto para o Cemei Profa. Mercedes Fernandes de Lima que mudou de sede. Não houve nenhuma ocorrência de furto ou de depredação", disse.
Ela também falou de uma iniciativa do CEM Profa. Maria Izabel Martins de Oliveira. "Eles fizeram um projeto voltado para a leitura, incentivando os alunos a ler diariamente. Também foram elaborados saraus e muitas formas de expressão artística", finalizou.
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