Andressa Aoki
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A Igreja Católica comemora hoje o Dia da Imaculada Conceição. Para celebrar a data, o Movimento Maria Rosa Mística convida toda a população para a hora da graça, na Paróquia Santa Luzia, ao meio-dia.
Uma das coordenadoras do movimento, Marlene Camacho Domingues, destacou que no dia 8 é o momento para receber cura do corpo e da alma. "Em uma de suas aparições em Montichiari a Pierina Gilli, Ela se apresenta sorrindo e diz: "Eu sou a Imaculada Conceição, sou a Mãe da Graça. Quero que, ao meio-dia de cada 8 de dezembro seja celebrada a hora de ação de graças para todo o mundo; mediante esta devoção se alcançarão graças. Queremos pedir para que abençôe o povo brasileiro e ajude todos os seus devotos a serem discípulos missionários de Jesus Cristo", destacou.
O grupo há 20 anos evangeliza as pessoas levando até os lares a palavra de Jesus através da oração. "Todo dia um membro visita uma casa, ao longo de um ano. O interessante é como o movimento vai expandindo e agregando vizinhos, familiares", disse.
Ela enfatizou que a coordenadora explicou a importância de Nossa Senhora para os católicos. "A Virgem de Nazaré teve uma missão única na história da Salvação. Concebeu, educou e acompanhou seu filho Jesus até a cruz. A ação da Virgem é o reflexo de sua plena disponibilidade em fazer a vontade de Deus, já manifestada na Anunciação, com seu "faça-se em mim segundo a palavra", disse.
Marlene destacou o surgimento da denominação "Cheia de graça". "Nossa Senhora foi a única criatura que nunca ofendeu a Deus. Por isso,  o Anjo a chamou de "Cheia de Graça". Assim, ela encanta o coração de Deus e Este lhe atende todas as súplicas como nas Bodas de Canã.
Como boa mãe, ela se põe como nossa intercessora. O que não pode diante de Jesus aquela que é a sua mãe?", questionou.
O padre Silvio Roberto dos Santos, da Paróquia Santa Luzia, destacou a importância do ato. "Muitas pessoas de cidades de toda a região participam. É o dia de Imaculada Conceição e a hora da graça é muito bonita", ressaltou.

A história
Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos. A Igreja ocidental tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era
sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.
Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant'Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: "Maria isenta do pecado original".

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