Valdir Ferreira viajou ontem para SP, para gravar o quadro do programa Domingão do Faustão
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Ansiedade e confiança. Foram com estes atributos que o votuporanguense Valdir Ferreira arrumava as malas para participar do quadro "Se vira nos 30" do Domingão do Faustão. Na bagagem, blusa de frio, calça jeans, camisa e seu material de trabalho: palheta, tinta óleo e azulejos.
Ele terá 30 segundos para pintar um quadro no azulejo e com isso, ir a votação do público para conquistar R$ 15 mil. Sobre o desenho que fará, Valdir despista. "A arte não é programada", disse, em entrevista ao jornal A Cidade.
Se a sorte não bate duas vezes na porta, com o votuporanguense, isso foi uma exceção. Em 2005, teve inscrição em Catanduva e ele foi convocado. Mas por conta de um machucado na mão, não pode ir. "Vi uma chamada na televisão e liguei para o produtor que conheço. Mandei um e-mail e me pediram para fazer um quadro em 30 segundos e mandar a foto. Na quarta- feira fui chamado para participar", afirmou.
O final de semana começou corrido. Uma equipe da Globo veio buscá-lo para levar até São José do Rio Preto. De lá, ele seguiu viagem de avião para São Paulo. Hoje é dia de treino pela manhã e de gravação a tarde no estúdio da emissora. O quadro será exibido no dia 30 de janeiro "A produtora me disse que muitas pessoas mandam vídeos de pintura em azulejo, mas que o meu trabalho é muito detalhado e que foi por isso, que fui selecionado", emendou.
Se o artista local ganhar, volta no domingo com o cheque. "A expectativa é grande,
principalmente para mim que vivo da arte e das viagens pelo Brasil. No final do ano, irei para Curitiba e fico la até o Carnaval para vender os meus produtos", destacou.
A repercussão de sua arte já lhe rendeu matérias em muitas emissoras como SBT, Globo e Record. Muitas contaram, inclusive, a descoberta do talento oculto. "Estava em São José do Rio Preto. Era graçom e vi um homem pintando azulejo. Me interessei, comecei a comprar quadros e a treinar", ressaltou.
Para ele, o reconhecimento do trabalho é o mais difícil. "Muitas pessoas me acham hippie, drogado. Não sabem que tenho uma família para cuidar", emendou.
A família, inclusive, é a base do artista. Valdir conta com o apoio da mulher Mille Ferreira, que fotografa suas obras e as coloca em sites. A esposa também fazia pintura em azulejo. "Sempre fotografo e divulgo na internet seus trabalhos. Ele não é tão atento a estas coias, mas é importante", destacou.
Mille já esteve também em alguns programas da TV Tem, Band, Record e Rede TV. "Me apareceu muitas oportunidades. O leque de opção foi grande. Espero o mesmo resultado para Valdir", enfatizou. O filho Yam, também está na torcida. "Vou torcer", disse o menino de 5 anos. Quem quiser comprar algum de seus quadros, deve entrar em contato no telefone: 9116-9232.
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