Da Redação
"O Discurso do Rei" lidera a corrida à 83ª edição do Oscar, a maior premiação do cinema mundial, organizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. O drama de superação do monarca britânico obteve 12 indicações, seguido pelo western "Bravura Indômita", dos irmãos Joel e Ethan Coen, com 10 indicações.
Dando seguimento às mudanças implementadas em 2010, a Academia tornou a indicar dez filmes para a categoria principal, o que permitiu que "Inverno da Alma", "A Origem" e "127 Horas" entrassem na disputa ao lado dos favoritos "O Discurso do Rei", "A Rede Social", "Cisne Negro" e "O Vencedor".
O prêmio de diretor pode denunciar quais seriam os cinco maiores concorrentes a categoria principal. Era esperado que tanto David Fincher, de "A Rede Social", quanto Tom Hooper, de "O Discurso do Rei", estivessem na disputa, ao lado de Darren Aronofsky, de "Cisne Negro", e David O. Russell, de "O Vencedor". A grande surpresa foram os irmãos Joel Coen e Ethan Coen, por "Bravura Indômita" - a dupla já havia ganhado o Oscar em 2007 por "Onde os Fracos Não Têm Vez".
A categoria de melhor ator manteve seu favorito, Colin Firth, no papel do monarca britânico George VI, de "O Discurso do Rei", mas surpreendeu ao indicar o espanhol Javier Bardem por "Biutiful" e Jeff Bridges por "Bravura Indômita". Se vencer, Bridges - que levou o troféu em 2010 por "Coração Louco" - pode repetir a dobradinha dos atores Spencer Tracy e Tom Hanks.
No caso das atrizes Natalie Portman segue favorita por sua atuação no drama "Cisne Negro", seguida pela veterana Annette Bening, da comédia "Minhas Mães e Meu Pai" - ambas foram premiadas por seu papéis no último Globo de Ouro.
Entre os coadjuvantes a briga promete ser mais acirrada: Christian Bale é um dos favoritos na categoria masculina pelo papel de um viciado em drogas no filme "O Vencedor", mas isso não tira do páreo Geoffrey Rush, como o curioso fonoaudiólogo de "O Discurso do Rei".
Das quatro estatuetas de dramaturgia, a de atriz coadjuvante segue como a mais nebulosa. Tanto Melissa Leo, de "O Vencedor", quanto Helena Bonham Carter, de "O Discurso do Rei", parecem ter chances de sair com o troféu nas mãos - mas a estreante Hailee Steinfeld, de "Bravura Indômita", pode surpreender.
Entre os longas indicados a melhor filme estrangeiro os destaques são o mexicano "Biutiful", drama do cineasta Alejandro González Iñárritu estrelado por Javier Bardem, e o dinamarquês "Em Um Mundo Melhor", vencedor da mesma categoria no último Globo de Ouro. "Lula - O Filho do Brasil", indicado pelo Ministério da Cultura e pela Academia Brasileira de Cinema, ficou fora de lista de pré-selecionados ao prêmio. Mas nem por isso o país ficou sem representação. O brasileiro "Lixo Extraordinário" concorre na categoria de melhor documentário.
A grande barbada de 2011 deve ficar mesmo na categoria de melhor animação. Apesar da qualidade elevada dos indicados deste ano, como o drama francês "O Mágico" e o divertido "Como Treinar o Seu Dragão", é quase certo que o troféu vai continuar nas mãos da produtora Pixar, pelo elogiadíssimo "Toy Story 3".
Os indicados foram escolhidos por profissionais específicos de cada categoria: atores votaram nos finalistas de interpretação, roteiristas nos de roteiro e assim por diante. No Oscar de melhor filme, porém, todos os cerca de 5,8 mil membros da Academia dão seu palpite.
A 83ª edição do Oscar acontece no dia 27 de fevereiro, domingo, no Kodak Theatre, em Los Angeles, e será transmitida ao vivo para mais de 200 países.
Mantendo a fórmula da última cerimônia, que recuperou a ideia de utilizar mais de um apresentador, a festa será comandada pelos atores James Franco e Anne Hathaway - em 2010 a ideia de utilizar mais de um apresentador, abandonada há mais de duas décadas, voltou à tona com os atores Steve Martin e Alec Baldwin.
Leia na íntegra a versão online