Da Redação
O gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP em Votuporanga, Marcos José Amancio, esclareceu alguns pontos, em entrevistas ao departamento de comunicação da Airvo/Sindimob, para a empresa ser competitiva e quais ferramentas devem ser utilizadas. Além disso, alguns empresários falam o que significa esse conceito para eles e analisam se suas corporações são
competitivas.
Pergunta - O que você define como competitividade?
Marcos Amancio - Competitividade em uma primeira análise é a capacidade de sobrevivência de uma organização em um mundo extremamente incerto, dinâmico e cheio de exigências. Para sobreviver e gerar lucro em um mundo com essas características é preciso ser competitivo, ou seja, ter um desempenho em seu setor de atuação, no mínimo em condições de igualdade com seus concorrentes diretos, atendendo às expectativas de clientes, fornecedores, colaboradores e a comunidade onde a empresa esta inserida.
Pergunta - Quais ferramentas são necessárias para obter uma boa competitividade?
Marcos Amancio - Uma ferramenta de vital importância para qualquer organização se manter competitiva é o "planejamento estratégico". É este instrumento que norteará todos os caminhos que devem ser seguidos na busca constante pela competitividade que por sua vez, possibilitará alcançar os resultados esperados pela empresa.
Pergunta – Existe um prazo para a corporação tornar-se competitiva?
Marcos Amancio - Este prazo deve ser o menor possível. Quanto mais tempo levar para ser competitiva, maiores serão os riscos de não se consolidar em seu mercado de atuação.
Pergunta – E a partir de que momento a empresa deve formar sua base para ser competitiva?
Marcos Amancio - A partir de sua concepção. Toda empresa, independente de seu porte (micro, pequena, média ou grande) deve ter como meta, desde o primeiro momento de sua existência, sempre ser competitiva.
Pergunta – Entre empresas do mesmo ramo, quais fatores determinam a melhor competitividade entre elas?
Marcos Amancio - Capacidade de inovação, gestão profissional, liderança preparada e clara, uma equipe motivada, consciente de todos os objetivos da empresa.
Pergunta – Quais são as vantagens e desvantagens de competir em grupo?
Marcos Amancio - Em grupo o que deve sempre prevalecer é o conceito da "cooperação". Essa cooperação tem como objetivo criar melhores condições
para competir em mercados difíceis e muito disputadas. Competir isoladamente, dependendo do tamanho do desafio pode ser inviável, mas com a união de outras
organizações com o mesmo interesse o desafio tende a ficar menor. Essa é uma grande vantagem. Por outro lado, não diria desvantagem, mas uma dificuldade é se dúvida definir claramente as responsabilidades e compromissos de cada organização neste processo de cooperação.
Pergunta – Muitos empresários acreditam que se as companhias são competitivas hoje, serão competitivas futuramente também. Essa concepção está correta?
Marcos Amancio - Competitividade não é um troféu que uma vez conquistado ficará guardado em um local apropriado para demonstração.
Para manter-se competitivo em um mundo como o que foi relatado na questão anterior, faz-se necessário um acompanhamento constante das mudanças que ocorrem no cenário empresarial e acima de tudo, tomar decisões, quando essas forem exigidas, com agilidade e assertividade.
Os empresários:
Rosimeire Fernandes A. Francisco, diretora da Astrel
Pergunta – A competitividade é entendida como o coração do sucesso ou do fracasso de uma organização empresarial. Você acredita que essa afirmação seja
verdadeira? Por quê?
Rosimeire Francisco - Sim. Porque é importante que a empresa seja competitiva, que entre em campo para ganhar, podendo vir a perder. Mas o importante é estar
sempre no páreo, buscando as primeiras colocações. O foco deve ser o aperfeiçoamento, o amadurecimento, a melhoria continua em tudo. Na verdade, há empresas que são capazes de criar constantemente novos produtos, de conquistar novos mercados, e tentam prolongar a fonte de rendimento que parece inesgotável. Devem ter como certo, que o mercado está saturado e pensar que não é possível inovar ou apostar em novos produtos são alguns erros a evitar. As noções pré-concebidas de que para criar, é necessário correr riscos e apostar em mais recursos humanos, também podem conduzir a estagnação empresarial, ou seja, o fracasso.
Pergunta – A Astrel possui uma boa competitividade? Por quê?
Rosimeire Francisco - Sim. Astrel é competitiva porque ela briga no mercado, tem a sua parcela de clientes satisfeitos, acreditamos em nosso negócio e fazemos tudo para nos manter em boa posição, passando confiança e credibilidade. Também, temos alguns fatores determinantes da competitividade como: eficiência,
qualidade, flexibilidade, rapidez, capacidade de pesquisa e desenvolvimento, tecnologia, recursos humanos, e gestão da inovação. Mas para chegarmos a este grau de eficiência empresarial foram necessários muitos esforços, foco nas metas e persistências para alcançar os resultados.
Adriano Careno, diretor da Incabrás
Pergunta – O que você define como competitividade?
Adriano Careno - Competitividade é a capacidade de cada um, cada ser (pessoa, empresa, órgão, etc..) de se posicionar perante sua função, setor, seguimento,
tornando-se uma referência. Assim, essa capacidade de competir se materializa/visualiza nos objetivos cumpridos antes dos tempos estipulados, ou especificamente, em termos empresarias atender primeiro, mais rápido que as demais empresas do seu seguimento.
Pergunta – Ser competitivo hoje é ser competitivo futuramente?
Adriano Careno - Nada garante que ser competitivo hoje, credencia a ser competitivo no futuro, pelo contrário, no futuro para se manter competitivo cada ser, pessoa ou empresa vai ter mais e mais concorrentes nos seus setores e seguimentos. A competitividade se tomará cada vez mais acirrada, o esforço, a energia e os investimentos para se manter na liderança será cada vez maior.