Da Redação
A temporada de cruzeiros 2010/11, com 800 mil passageiros transportados pela costa brasileira, injetou R$ 1,3 bilhão na economia nacional. O valor corresponde aos gastos das armadoras, de R$ 791,6 milhões, somados aos desembolsos dos cruzeiristas, de R$ 522,5 milhões.
Os números constam da pesquisa Cruzeiros Marítimos: Estudo de Perfil e Impactos Econômicos no Brasil, desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), para a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). O segmento de cruzeiros marítimos é um dos que apresentam maior índice de crescimento na indústria turística nacional, com expansão média de 33% ao ano.
De acordo com o estudo, a temporada gerou ainda 20,63 mil postos de trabalho.
Desses, 5,6 mil, nos navios, e mais de 15 mil, de forma direta e indireta, pelos gastos dos turistas nas cidades portuárias e na cadeia produtiva de apoio ao setor. A temporada teve duração de oito meses – foi de outubro de 2010 a maio de 2011. Foram transportados, em 20 navios, aproximadamente 800 mil passageiros, sendo 100 mil estrangeiros.
O estudo da FGV avaliou questões relacionadas à oferta, como a cadeia de
suprimentos, empregos gerados, impostos e taxas pagas, abastecimento, entre outras atividades que impactaram diversos setores da economia. No que diz respeito à demanda, foram pesquisadas características dos passageiros – tais como o perfil, gastos realizados, intenção de compra, hábitos de viagem, serviços utilizados, entre outras.
O estudo foi divulgado em 30 de maio, em São Paulo, durante a realização do
Seatrade South America Cruise Convention. O evento, paralelo ao Cruise Day, reúne profissionais, expositores, representantes das iniciativas pública e privada e
executivos das maiores empresas de cruzeiros do mundo. Pela primeira vez, o
Seatrade é realizado no Brasil e na América Latina.