Andressa Aoki
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Uma corrente do bem e contra as drogas. É isso que a educadora Olga Balbo Ferreira Fontes propõe juntamente com a escola "Uzenir Coelho Zeitune". Dona Olga está visitando o comércio de Votuporanga para pedir a colaboração dos empresários.
O motivo é nobre. A escola irá utilizar o livro Amigo Certo, da educadora votuporanguense, para debater sobre drogas com os alunos. Ao lado da professora Maria Heloísa Vieira Voltolini, ela esteve no jornal A Cidade para falar da iniciativa.
"Fui convidada pela diretora do Uzenir, Elimeire Alves, para tentarmos resolver o
problema de entorpecentes. A quantidade de adolescentes usuários é assustadora. Não é apenas no Uzenir, mas está disseminado em todas as escolas e em locais onde há jovens", disse.
Dona Olga contou que havia recebido uma notícia de que um professor de Ibirá que encontrou o livro em uma tia em São José do Rio Preto — utilizou a obra para discutir o tema com os estudantes. "Ele se chama Ademar Cabelo. Comprou os livros diretamente da gráfica e trabalhou um ano com a meninada. Os alunos fizeram um blog e conversavam com outras escolas sobre as drogas. A unidade escolar estava infestada de motivação", afirmou.
A educadora explicou a didática do professor. "Ele entregava o livro, dava aula e
depois recolhia o material. Sugeri que fizéssemos a mesma coisa no Uzenir. Foi feita uma reunião com os professores e todos estão com o mesmo pensamento", destacou.
Mas, para que o projeto funcione, a escola precisa de 1.500 livros. "A gráfica vai
vender a R$ 10. Enviei um livro para cada professor com dedicatória para que eles se comprometam com a causa. Eles estão estudando o material e também pedindo apoio para adquirir as obras. Quando chegarmos na meta e depois do projeto, poderemos emprestar para as outras escolas", enfatizou.
Projeto já foi lançado
A escola estadual Uzenir Coelho Zeitune iniciou em maio o projeto de prevenção
contra as drogas. A professora Olga fez a abertura do programa. Além dela, foi
convidado o pastor Leandro Poçan, de Riolândia, que fez apresentação de rap.
A coordenadora do Ensino Médio, Paula Basso de Lima Garutti, falou na época sobre a iniciativa do projeto. "A Diretoria de Ensino sempre sugere atividades parecidas. Os professores já falam sobre drogas nas salas de aula, mas não de forma abrangente e para toda a escola. Acredito que essas informações fazem parte da necessidade da juventude. Eles precisam saber. Não é um problema local ou do Brasil. É da sociedade. Vemos tantas famílias sofrendo com o problema de drogas e precisamos orientar nossos alunos", frisou.