“A Vida da Gente” mostra os amores e dissabores que fazem parte do cotidiano das pessoas comuns
Apostando
numa trama urbana e com cara de “novela das nove”, a Globo coloca no ar, a
partir desta segunda-feira, dia 26, o folhetim “A Vida da Gente”, escrita por
Lícia Manzo e dirigida por Jayme Monjardim. “Quis trazer para o centro da
ficção o que estamos vivendo e experimentando hoje, em novos desenhos das
relações familiares e humanas”, adianta a autora. “É uma novela com muita
emoção, simples e que traz à tona situações e experiências que podem acontecer
com qualquer um”, completa Jayme Monjardim.
As
primeiras cenas de “A Vida da Gente” foram feitas no Mato Grosso, em Ushuaia e
Buenos Aires, na Argentina, e em Porto Alegre e Gramado, no Rio Grande do Sul.
O
fio condutor da trama será a saga da tenista Ana, interpretada por Fernanda
Vasconcellos, sua irmã Manuela (Marjorie Estiano) e Rodrigo (Rafael Cardoso).
As duas são filhas de Eva (Ana Beatriz Nogueira) que se casou com Jonas (Paulo
Betti), pai de Rodrigo. Por motivos jamais imaginados, as duas disputarão o
amor de Rodrigo.
Ana,
uma esportista de sucesso, sempre teve na irmã Manuela apoio para enfrentar as
loucuras da mãe, e vice e versa. Manuela é levemente manca, inibida, tem dificuldades
de relacionar-se e está sempre tentando achar o seu lugar no mundo.
Ana
e Rodrigo, nascidos e crescidos em Porto Alegre, conviveram como irmãos postiços
durante boa parte da infância e adolescência, desde que Eva e Jonas (Paulo
Betti) se casaram. Hoje, no auge da juventude, descobrem-se apaixonados, ao
mesmo tempo em que, por ironia do destino, seus pais iniciam um violento e
litigioso processo de separação. Tanto Jonas como Eva fazem tudo para separar
o casal. E conseguem.
Porém,
um mês depois do rompimento, Ana descobre-se grávida depois do único encontro
que teve com seu amor proibido. Eva, dominadora, não se conforma: além do
inconveniente de a filha adolescente estar grávida do ex-enteado, um possível
neto ameaçaria o sustento de toda a família, já que Ana é contratada por uma
poderosa empresa de artigos esportivos para representar a imagem publicitária
de juventude, disciplina e saúde.
Ana
cede então à chantagem da mãe, pensando também na irmã Manuela. No plano
engendrado por Eva para livrá-las da difícil situação, farão uma viagem –
período suficiente para a gestação e o nascimento do bebê – voltando em
seguida. A bebê, Júlia (Jesuela Moro), suposta nova irmãzinha de
Manuela e Júlia, será apresentada como filha de um caso fortuito de Eva no
exterior. Ana retoma a carreira de tenista, preocupada com o sustento da
filha/irmã, e volta a treinar.
No
entanto, novos conflitos surgirão, tanto que Ana e Manuela decidem procurar a
avó em Gramado e levam Júlia consigo. O carro é dirigido por Manuela e capota
por causa de um buraco na estrada. O veiculo cai num lago, Manuela consegue
resgatar a pequena Julia enquanto que Ana é retirada algum tempo depois e entra
em coma irreversível. Diante da situação, Manu conta para Rodrigo a verdadeira
história de Julia e ele decide cuidar da menina e para isso conta com a ajuda
de Julia. A proximidade entre eles acaba em casamento. Ana
continua em coma profundo e sem esperanças de melhoras.
A
história dá um pulo de quatro anos no tempo. Manu e Rodrigo se estabeleceram em
Porto Alegre e, juntamente com Maria (Neusa Borges), têm uma próspera uma loja
de bolos e doces, enquanto que Rodrigo formou-se em Arquitetura.
É
aqui que a história sofre uma reviravolta: um verdadeiro milagre acontece e Ana
recobra a consciência sem ter a menor noção do tempo que se passou e quer sua
vida de volta.
Apesar
do grande amor que sempre uniu as duas irmãs, a disputa entre as duas será
inevitável principalmente porque Eva envenena Ana contra Manu, distorcendo
todos os acontecimentos ocorridos durante o coma. No meio da confusão está
Julia que agora terá duas mamães e conviverá com duas famílias, uma vez que Ana
se casará com o Doutor Lúcio (Thiago Lacerda), seu médico.
Júlia
apelida a si mesma de “menina-bola”, pois agora vive quicando entre três lares,
alternando finais de semana nas casas de Manu, de seu pai e de Ana, sua mãe
biológica.
Os
encontros entre todas as “mães” e “pais” de Júlia (Ana, Manu, Rodrigo e, agora,
Lúcio) são raros e esporádicos: aniversários, um ou outro evento escolar. Ainda
assim, em cada uma dessas ocasiões, a tensão entre eles é visível.
Quanto
ao antigo amor entre Ana e Rodrigo, continuará existindo e será mais forte do
que antes, porém os dois enfrentarão as novas imposições da vida, uma delas
será o ódio que passará a reger o relacionamento entre Manu e Ana.
Presa
ao passado e à paixão por Rodrigo, Ana tenta liberar a todos e a si mesma:
aceita voltar ao esporte como técnica de uma tenista promissora em outro Estado. Acha
melhor que haja pouco ou nenhum contato, e limita-se a enviar de lá, todo mês,
um cheque para sustentar a filha.
Deu
para sentir, que “A Vida da Gente” será um típico dramalhão mexicano, pois além
da saga de Ana, estará recheada com outros dramas e comédias que permeiam a
família moderna, entre eles está o relacionamento entre Vitória (Gisele Fróes)
e Marcos (Ângelo Antônio), enquanto ela é a rígida treinadora de Ana, o marido
fica em casa cuidando dos afazeres domésticos e das duas filhas do casal. Mas
este moderno esquema vai sofrer abalos logo nos primeiros capítulos da
história.
A
autora Lícia Manzo promete chamar a atenção do telespectador das tramas das
seis da tarde que sempre mostrou-se contente com as novelas que época mostradas
nesta faixa de horário e agora verá diante de um folhetim denso, que está bem
parecido com as novelas mostradas depois do “Jornal Nacional”. É esperar para
conferir o que dirá o Ibope.
Quem é Quem!?
-
Ana Fonseca (Fernanda Vasconcellos) – Filha de Eva; enteada de Jonas. “Uma
menina de ouro”, desde sempre comprometeu-se com a irmã deficiente, meio
rejeitada pela mãe.
-
Rodrigo Macedo (Rafael Cardoso) - Filho de Jonas, perdeu a mãe logo cedo e
cresceu sozinho e tímido, compensando nos livros a falta de orientação sobre a
vida.
-
Manuela Fonseca
(Marjorie Estiano) – Filha de Eva e irmã mais velha de Ana. Rejeitada
pela mãe, Manu (Marjorie Estiano) cresceu à sombra da irmã talentosa.
-
Lúcio (Thiago Lacerda) – Médico e futuro marido de Ana. É um profissional
dedicado, ético e íntegro. Atende os clientes com tempo, calma e atenção.
-
Eva Fonseca (Ana Beatriz Nogueira) – Mãe de Ana e Manu (Marjorie Estiano). Filha
de Iná, é ardilosa e manipuladora, vive assombrada pela pobreza e humilhação do
passado. .
-
Iná (Nicette Bruno) – Avó de Ana e Manu; mãe de Eva. Positiva e solar, Iná é
uma mulher de bem com a vida. Há mais de uma década mantém um romance com Seu
Laudelino (Stênio Garcia), sem jamais pensar em casamento.
-
Jonas Macedo (Paulo Betti) – Pai de Rodrigo e Nanda; ex-marido de Eva. Acha
que o dinheiro resolve tudo, e assim procura compensar sua ausência na vida dos
filhos
-
Júlia (Jesuela Moro) – Inicialmente suposta irmã de Ana e
Manu e filha de Eva. Doce e amorosa,
Júlia revela forte temperamento quando Ana desperta e surge como sua verdadeira
mãe.
-
Cris (Regiane Alves)
– Ex-personal trainer e agora Sra. Jonas Macedo. Alpinista social.
-
Nanda (Maria Eduarda)
– Irmã mais velha de Rodrigo. Rebelde e sem rumo, Nanda também foi criada
praticamente sozinha. Acostumou-se a suprir a ausência do pai com a gorda
mesada que recebia.
-
Lourenço (Leonardo Medeiros) – Irmão de Jonas; inteligente e
sensível, vive precariamente do salário de professor e é um escritor frustrado,
que não conseguiu levar sua carreira literária adiante após o primeiro livro.
Celina
(Leona Cavalli) –
Esposa de Lourenço, trabalha como pediatra na UTI neonatal no mesmo hospital em que Dr. Lúcio
trabalha.
Vitória
(Gisele Fróes) – Treinadora
de Ana; rígida e obstinada, Vitória mantém uma escola de tênis num clube
elegante. Arrogante e franca, perde Marcos para uma mulher comum, sem fama,
dinheiro ou talento, e revida atazanando a vida do ex-marido, sem pudores em
usar os filhos.
Marcos (Ângelo Antônio) –
Partidário do menor esforço, embora graduado em Direito, acomodou-se à
confortável rotina doméstica criada pela mulher. Faz com que seu desemprego
permanente pareça uma “opção”,
um desejo irrefreável de acompanhar de perto a infância de seus filhos.