Amadeu Bocatios, 46 anos, perdeu o empregou e transformou um hobby antigo em meio de vida
Não é só o ano que precisa mudar no dia 31 de dezembro. Quer colocar o pé no novo ano e em uma vida nova? Aprenda a se reinventar
Todo mundo já desejou alguma vez que sua vida fosse completamente diferente do que é. Seres humanos são seres difíceis de satisfazer. Mas esse descontentamento, em geral, é só um desânimo passageiro, fruto de um dia ruim, ou nostalgia, diante de um pôr do sol especialmente deslumbrante...
Eventualmente, no entanto, você pode mesmo estar vivendo a vida errada, conformando-se em ser menos do que poderia, sujeitando-se a situações estressantes apenas por falta de coragem para promover as mudanças que o tirariam dessa posição.
Existem formas de descobrir se o seu descontentamento é passageiro ou se você precisa mesmo mudar de vida. E existem recursos de que você pode lançar mão para encontrar a coragem para pisar no breque, dar marcha a ré e pegar a outra saída. A insatisfação pode estar em qualquer área: trabalho, amor, família, dinheiro, comportamento...
Em uma matéria em sua revista mensal, O Magazine, a todo-poderosa da mídia, Oprah Winfrey, considerada a mulher mais influente do mundo, relacionou três questões que todo mundo deve se fazer para descobrir se está seguindo o caminho profissional certo.
1-Como o que você está fazendo o faz sentir?
2-Seu trabalho tem um impacto positivo em outras pessoas?
3-Ele aumenta o volume e a vibração da sua vida?
Faz pensar, não é?
Geralmente, a necessidade de uma virada vem acompanhada de momentos de crise, em que algo importante acontece para fazer pensar se você está feliz. “É quando nos questionamos e notamos que o que fazemos não faz mais sentido para nós, os resultados não estão satisfatórios, o desempenho está negativo, nossas ações não estão de acordo com nossos valores, interesses, sonhos, talentos e missão”, explica a professional coach de São Paulo, Paula Sabóia.
Foi o que aconteceu com o carioca Amadeu Bocatios, 46 anos. Ele foi demitido de seu emprego em 2008 e encontrou na necessidade uma forma de transformar seu hobby em trabalho. “Nunca havia visto a fotografia como meio de sustento. Mas, quando me vi desempregado, percebi que dessa paixão poderia vir meu ganha-pão”, conta o repórter fotográfico. A mudança radical, nesse caso, não foi pensada com calma e decidida, veio como uma necessidade. Mesmo assim, não é uma reviravolta fácil, já que Amadeus trocou a possibilidade de um emprego fixo, com carteira assinada e garantia de salário no final do mês por uma profissão incerta que intercala momentos bons e ruins.
“Mas sou feliz porque faço o que amo, com prazer, amor, respeito pela verdade e sempre com a preocupação de mostrar exatamente o que meus olhos veem em cada situação cotidiana”.