A maior parte dos acolhidos, segundo o relatório mais recente, está em São Paulo (8.365)
Da Redação
O Brasil tem atualmente 36.551 crianças e adolescentes vivendo em abrigos ou estabelecimentos mantidos por organizações não governamentais. Esse é o dado divulgado ontem pelo Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para monitorar as políticas de acolhimento na área da infância e juventude.
Esse último levantamento indica aumento no número de crianças e adolescentes em unidades de acolhimento em comparação com o mês de anterior. Dados de 10 de novembro mostravam a existência de 35.894 crianças e adolescentes em abrigos e demais estabelecimentos.
A maior parte dos acolhidos, segundo o relatório mais recente, está em São Paulo (8.365). Em segundo lugar, vem o Estado de Minas Gerais (5.522), seguido por Rio de Janeiro (4.323), Rio Grande do Sul (3.790) e Paraná (2.843). Das crianças e adolescentes acolhidas, 17.232 são do sexo feminino e 19.318 do sexo masculino. Também segundo o levantamento, 1.926 não tinham registro de nascimento.
Atualmente, o País conta com 1.991 unidades de acolhimento. São Paulo é o estado que mais concentra esses estabelecimentos, com 361 do total. Outros estados com mais entidades são Minas Gerais (351), Rio Grande do Sul (212), Rio de Janeiro (173) e Santa Catarina (162).
Outro levantamento do CNA mostrou a existência de 4.932 crianças e adolescentes aptas a serem adotadas. O número de pretendentes permanece quase cinco vezes maior - chega a 27.183 o número de pessoas cadastradas.
O CNCA fornece o histórico de crianças e adolescentes, destituídos ou não do poder familiar que estão em abrigos. O banco de dados funciona também em complemento ao Cadastro Nacional de Adoção (CNA). O sistema foi criado pelo CNJ em abril de 2008 para reunir informações sobre os pretendentes e as crianças ou adolescentes disponíveis para a adoção. O objetivo é agilizar o processo de adoção, colaborar com a construção de políticas públicas na área e traçar diagnóstico do sistema no Brasil.