Dubai é um dos sete emirados e aposta todas as suas fichas no turismo de excentricidades e glamour
Em Dubai tudo reluz a ouro, afinal, grana por lá não falta. Em janeiro de 2010, foi inaugurado por lá o Burj Khalifa Bin Zayid, o maior arranha-céu do mundo. Com 828 metros de altura, sua construção começou em 21 de setembro de 2004 e terminou no dia 4 de janeiro de 2010, quando foi inaugurado. Originalmente chamado de Burj Dubai, o prédio foi rebatizada devido ao empréstimo feito por Khalifa Bin Zayid Al Nahyan, xeique do emirado de Abu Dhabi, depois que este emprestou US$ 10 bilhões para evitar que Dubai desse um calote em investidores de uma de suas principais companhias, a Dubai World. O edifício faz parte de uma área de 2 km² em desenvolvimento, chamada "Downtown Burj Dubai", localizado no "First Interchange", ao lado das duas principais avenidas da cidade, a Sheikh Zayed Road e a Financial Centre.
Mas não é só o maior prédio do mundo, que chama atenção de quem visita ou quer visitar Dubai. Dubai é um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos, sendo que o mais rico e maior deles é Abu Dhabi por causa de suas imensas reservas petrolíferas. Consta que as reservas de petróleo em Dubai não devem passar desta década por isso a região investe no turismo, e turismo para quem pode pagar. Chama-se “emirado” porque é um Estado governado por um Emir, título dos soberanos muçulmanos.
A cidade banhada pelo Golfo Pérsico, com suas imensas e largas avenidas, já é sinônimo de modernidade; zona de comércio livre desde 1985, desde então tem atraído multinacionais e empresas prestadoras de serviços e o resultado é que a cidade tem infraestrutura invejável para acolher seus visitantes.
A religião vigente é a muçulmana e não faltam mesquitas por toda a cidade, no entanto o turista pode usar seus trajes costumeiros desde que mantenha certas partes do corpo cobertas, ou seja, nada de decotes ousados ou minissaias, afinal diz o bom senso que é melhor respeitar os costumes locais. As bebidas alcoólicas são vendidas apenas nos hotéis, e que hotéis, além de luxuosos oferecem serviços de chofer com limousine.
Um dos mais famosos, sem dúvida, é o Burj Al Arab, tido como “Sete Estrelas”, 350 metros mais alto do que a Torre Eiffel. Se não for possível hospedar-se por lá, vale a pena uma visita e experimentar o famoso chá da tarde, por exemplo. Para se ter uma ideia do luxo, o ouro é usado em vários itens de decoração, principalmente no saguão.
O ouro, aliás, reluz em tudo, principalmente no corpo das mulheres. Vale à pena visitar o Mercado do Ouro. Imagine mais de 300 vitrines juntas, todas oferecendo joias nos mais diferentes formatos e em diferentes cores. Isso mesmo, o ouro em Dubai pode ser branco, amarelo, verde ou rosa. Sem contar, que oferecem designer exclusivos para cada cliente.
Nestas lojas, o visitante encontra desde brincos e colares pesados, valiosíssimos, como também souvenires aos quais podemos chamar de penduricalhos, tais como chaveiros, pulseiras, brincos e pingentes, tudo em ouro. O preço? Bem, vale a pechincha e esta prática é lei por lá. Agora você, como bom brasileiro acostumado aos assaltos e furtos, deve estar se perguntando como é a segurança por lá? Os entendidos em Dubai garantem que é muito seguro e que não existem ladrões à solta.
Atrações imperdíveis são os shopping centers. Em um deles existe uma estação de esqui, com direito a muita neve, dia e noite, graças a uma gigantesca tubulação que mantém o “inverno” constante devido a uma tecnologia de primeiro mundo. Além disso, o centro de compras tem mais de 400 lojas, entre elas muita perfumaria que não fica devendo nada àquelas existentes na Europa.
Inteligentemente, o governo de Dubai tem usado o dinheiro arrecadado com o petróleo para construir uma cidade de sonhos, recheada e luxo e tecnologia a fim de atrair visitantes do mundo inteiro.
Além da suntuosidade, passear por Dubai é uma festa. A Mesquita de Jumeirah é a única que permite a entrada de não muçulmanos. As visitas são guiadas e a única exigência é que as mulheres cubram a cabeça e todos entram descalços no local.
De olho no futuro, a cidade também preserva sua história, assim é possível conhecer um pouco do passado visitando o Heritage & Diving Village, um museu a céu aberto localizado à beira do Rio Creek, onde pode se apreciar peças que retratam a época em que Dubai era uma vila de pescadores de pérolas e peixes. Ainda às margens do Creek está a casa de corais construída em 1896 e que foi residência do governante da cidade até o 1958. Hoje é um museu que guarda documentos, selos, moedas e muitas fotografias.
Falando no Rio Creek, imperdível é um cruzeiro à noite por suas águas, com direito à música ao vivo, jantar e aperitivos a bordo.
Se você ficou fascinado pelo ouro abundante, nada melhor do que conferir o método de produção não só do ouro, como do diamante. É só visitar o Gold & Diamond Park Museum.
Não podemos esquecer que estamos no Oriente, então é preciso conferir o Mercado das Especiarias; cheiroso e colorido, farte-se com noz moscada, cardamo, favas e tantas outras que aguçam qualquer paladar. Emende tudo isso ao Mercado de Tecidos, tudo com o deslumbrante colorido, típico da região, sendo que a maioria dos tecidos é fabricado na Índia.
Outra atração é o Antique Museum, uma loja de antiguidades com vários corredores pelos quais você encontrará móveis, artesanatos infinitos, objetos mil, xales, lenços e pachminas. Algumas informações importantes, a moeda em Dubai e o Dirham e segue a cotação do dólar. Existe voo direto Brasil-Dubai, pela Emirates Airline e dura cerca de 14 horas, esta é rota mais procurada por quem pretende conhecer também a Índia, China, Egito, entre outras. É preciso visto, o qual não é emitido no Brasil, mas alguns hotéis de lá oferecem este serviço via fax ou e-mail, e passaporte com validade de, no mínimo, três meses.
Consulte uma agência de viagens e programe tudo. Vale uma dica, antes de optar por esta ou aquela data, verifique se não é época de Hamadan, mês em que a cidade jejua do nascer ao pôr do sol. A melhor época para se conhecer Dubai é de abril a outubro.