Sobre Maruschka, em “Aquele Beijo”, a atriz declarou que se trata de uma personagem muito bem elaborada
Marília Pêra retornou às novelas interpretando a Maruschka Lemos de Sá, em “Aquele Beijo”; ela é uma das malvadas da história escrita por Miguel Falabella. Quem acompanha o desenrolar da trama, já sabe que a Maruschka tem um passado cheio de segredos e que ela é a mãe de Ana Girafa (Luís Salém) e nos próximos capítulos da novela continuará a sua trilha de maldades. Maruschka demitirá Brigite (Juliana Didone) e em seu lugar colocará Grace Kelly (Leilah Moreno), que também tem o caráter duvidoso e por isso mesmo é a parceira ideal para a empresária.
Maruschka praticamente vai enlouquecer quando Grace Kelly lhe contar que o documento que comprova que o Covil do Bragre pertence à Iara (Claudia Jimenez) está em Paris.
Para saber quais serão as providencias da megera, só mesmo assistindo à novela.
Marília Pêra é um dos grandes nomes do cenário artístico nacional. Aos 69 anos de idade, a atriz exibe forma física e fôlego invejáveis. Ela mesma conta que fica atenta para estar sempre magra e por isso não descuida dos exercícios e opta sempre pela alimentação saudável e equilibrada.
Quando foi escalada para fazer “Aquele Beijo” precisou repaginar o visual, ou seja, mudar o corte do cabelo e clarear as madeixas, sem se importar com isso e com a fama de megera de sua nova personagem, ela declarou na época que Maruschka é uma personagem muito bem escrita por Miguel Falabella e seria um das melhores de sua carreira. Marília disse ainda que Maruschka é uma mulher bipolar e que precisa sempre do colo da mãe, Mirta, vivida por Jacqueline Laurence.
Marília Pêra nasceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de janeiro de 1943, na casa dos atores Manoel Pêra e Dinorah Marzullo, pertencentes à companhia teatral Henriette Morineau. Marília Pêra pisou no palco aos 4 anos de idade, ao lado de seus pais, e jamais deixou a vida artística. Dos 14 aos 21 anos, dedicou-se a carreira de bailarina e foi em 1965 que estreou na televisão, interpretando a Carolina, na novela “A Moreninha”.
A partir daí, praticamente emendou uma novela à outra, intercalando com trabalhos no teatro e no cinema.
Discreta quanto à sua vida pessoal, a atriz foi casada com Paulo Graça Mello, já falecido e pai de seu primeiro filho Ricardo, que é músico e ator. Depois, ela casou-se com o jornalista Nelson Motta com quem tem duas filhas, Esperança e Nina. Desde 1998 está casada com o economista Bruno Faria.
Considerada pela crítica uma atriz completa, Marília Pêra consegue encarnar diversos tipos de personagens com maestria, dona de um timbre de voz peculiar consegue falas que vão do dramático ao mais profundo escracho, o que faz de seus personagens tipos inesquecíveis.
Além de atriz, Marília Pêra também é produtora e diretora de teatro. Sob sua batuta, a peça "O Mistério de Irma Vap", estrelada por Ney Latorraca e Marcos Nanini ficou em cartaz durante dez anos. Ela também dirigiu um dos shows da cantora Wanessa.
Uma de suas façanhas no teatro foi fazer "Mademoiselle Chanel", no qual ela encarnou a famosa estilista. Vale lembrar que foi sucesso de público aqui no Brasil e na França, terra-natal da personagem real. E depois, magistralmente fez Carmem Miranda também no palco.
Na mesma proporção em que trabalhou no cinema e na televisão, tem sido a sua atuação no teatro. O reconhecimento veio através da conquista de alguns prêmios tais como os prêmio "Associação Paulista de Críticos Teatrais", "Governador do Estado" e "Molière", em 1969, por sua atuação em "Fale Baixo Senão Eu Grito", de Leilah Assumpção, no qual também foi produtora. No ano de 1971 ganha mais um "Molière" por causa de "Apareceu a Margarida", de Roberto Athayde e dirigida por Aderbal Freire. Seis anos depois, recebe o prêmio "Mambembe" pelo desempenho em "O Exercício", de John Lewis. Ganhou ainda o prêmio da crítica americana pelo filme "O Pixote". Em 1983 ganha outro "Mambembe" por "Adorável Júlia" e um ano depois leva mais um "Molière" pela sua atuação e produção de "Brincando Em Cima Daquilo"
Foi ainda premiada com dois Kikitos de Ouro no Festival de Cinema de Gramado por "Bar Esperança" (1982) e "Anjos da Noite" (1986) e ainda no Festival de Havana por causa de sua atuação em "Tieta do Agreste" (1996).
Quando terminarem as gravações de “Aquele Beijo”, Marília Pêra só pensa em descansar, apesar de já ter inúmeros convites para atuar no teatro, na televisão e no cinema. Artista de talento é assim, nunca fica parado, sempre tem um convite para ser estrela em alguma produção.