As diferenças não devem separar o homem, elas existem para que o todo se complete
Hoje é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, pois o dia 21 de março é grafado como 21/3, o que faria alusão à trissomia do cromossomo 21, que provoca algumas características da síndrome.
A data é celebrada desde 2006. No Brasil ainda não foram divulgados os dados recentes do IBGE, mas sabe-se que nascem por ano cerca de 8 mil bebês com a síndrome. Os brasileiros com a síndrome devem passar da casa dos 20 milhões.
Em Votuporanga, dos 139 alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), 27 têm a síndrome de down. São pessoas com idades variadas, sendo o mais velho com 58 anos e o mais novo com dois anos de idade.
Ivany Aparecida Estrela Domingos, diretora, e Taiza Silva Pereira Costa, psicóloga da Apae, contaram que a escola recebe muitas crianças com down encaminhadas diretamente da própria maternidade. “Quanto mais novas elas são recebidas aqui, melhor. A intervenção precoce tem importância excepcional para o desenvolvimento da criança. Quanto antes começam os estímulos, mais as chances de desenvolvimento ela tem”, disse Taiza.
A Apae de Votuporanga atende também estudantes de Cosmorama, Parisi e Pontes Gestal, com down e também deficiência intelectual, deficiências múltiplas, encefalopatias e síndromes genéticas associadas a transtornos incisivos do desenvolvimento.
Taiza ressaltou que o primeiro contata com a família, o acolhimento, é realizado pela psicóloga e a assistente social para a sensibilização. A partir daí começa uma rede de apoio com ações articuladas entre diversos profissionais da escola. O currículo pedagógico da Apae é supervisionado por psicopedagoga e aplicado por profissionais habilitados em educação especial.
Ela explicou também que o atendimento à família é contínuo e espontâneo. Os pais podem procurar a escola sempre que quiserem. A família é tida como fundamental. “A aceitação dos familiares é importante para o progresso do atendimento”, disse Taiza.
Se, até há pouco tempo, as pessoas que nasciam com a síndrome de Down estavam, na maioria das vezes, condenadas a viver à margem da sociedade, hoje, a situação é diferente. A convivência com as pessoas que têm down é uma realidade e cada vez mais presente. Hoje elas são colegas de trabalho, profissionais de valor e seres humanos que merecem respeito.
Esta convivência é benéfica para todos e não só para as pessoas que nasceram ou adquiriram uma deficiência.
A data que homenageia o Dia Internacional da Síndrome de Down já entrou para o calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU). O dia, que não apenas faz menção aos portadores, mas celebra e incentiva a inclusão social.