Tudo começou em 1962. Brigitte Bardot, então no auge da fama, anunciou ter se tornado vegetariana
A atriz francesa Brigitte Bardot marcou a história do cinema na década de 1960. Símbolo sexual, foi uma das mulheres mais fotografadas de sua geração. Mas o amor à sétima arte foi superado por um ideal. Em 1973, depois de 48 filmes e 21 anos de atuação, encerrou a carreira para se dedicar aos direitos dos animais. A artista conhecida pela iniciais "BB" criou a Fundação Brigitte Bardot, declarada de utilidade pública pelo governo francês em 1992. Em 1995, nomeou Dalai Lama como seu membro honorário.
Tudo começou em 1962. Brigitte Bardot, então no auge da fama, anunciou ter se tornado vegetariana. Em 1977, atraiu atenção mundial ao denunciar o massacre de bebês-foca no norte do Canadá. Após manifesto, obteve sucesso na aprovação da proibição do comércio de produtos derivados da caça às focas com menos de quatro semanas, graças ao apoio do então presidente da França, Valéry Giscard d'Estaing. Infelizmente, o massacre não cessou por completo: ainda hoje mais de 300 mil bebês foca são assassinados anualmente.
Em 1986, a atriz criou a fundação Saint-Tropez dedicada ao bem-estar animal. Para conseguir financiar sua idéia, Brigitte leiloou dezenas de artigos pessoais como fotos, cartazes da época em que era atriz e até um diamante. Entre os anos 1989 e 1992, Bardot apresentou um programa de televisão de grande sucesso na França chamado SOS Animais, produzido por Roland Custos e Jean-Louis Remiller, que sensibilizava as pessoas para o sofrimento infligido aos animais.
Em 1991, BB doou sua famosíssima propriedade "La Madrague" para conseguir reabastecer o cofre da fundação. Em 2008, a atriz canadense Pamela Anderson se juntou à fundação para protestar contra o massacre das focas em seu país.
Atualmente, aos 78 anos, a atriz continua na ativa. No ano passado denunciou a crueldade do sacrifício de animais em novos matadouros franceses. Brigitte contestou a não divulgação do método utilizado para o sacrifício e criticou particularmente o Ministério da Agricultura da França, que, em sua opinião, não cumpre o dever de fiscalizar e vigiar que os animais não sofram maus-tratos adicionais.