Adaptada por Ires Abravanel, a trama promete fazer o mesmo sucesso que a novela original
A versão mexicana da novelinha “Carrossel” é lembrada até hoje como uma das principais audiências do SBT. Por muitas vezes tendo ultrapassado a audiência do “Jornal Nacional” da Rede Globo. Foi exibida pela primeira vez em 1991 e depois reprisada em 1993, 1995 e 1996. O sucesso da novela e da personagem Professora Helena foi tanto que Gabriela Rivero, a atriz que a interpretava, visitou o Brasil na época e desceu a rampa do Congresso Nacional junto com o então presidente Fernando Collor de Mello.
Coincidência ou não, Silvio Santos estreia a versão brasileira de “Carrossel”, exatamente 21 anos após a exibição do primeiro capítulo da novela original, que foi ao ar em 20 de maio de 1991.
O ano letivo já começou e os alunos do terceiro ano da Escola Mundial estão sem aulas. A última professora substituta desistiu dos alunos devido ao estresse que passava todos os dias. Esse é o drama enfrentado por Helena (Rosanne Mulholland) e seus alunos no início da novela “Carrossel”, que na versão nacional tem a autoria de Íris Abravanel e direção geral de Reynaldo Boury.
A ideia de fazer a adaptação, que terá aproximadamente 260 capítulos, partiu de Daniela Beyruti, diretora artística do SBT. “Ela guardava na lembrança os bons momentos em que nossa família reunida assistia ‘Carrossel’. Partiu dela o desejo de propiciar esta união entre pais, que naquela época eram crianças, com seus filhos”, revela Iris Abravanel.
A novela tem início com a chegada de Helena à Escola Mundial para assumir o cargo de professora efetiva. Helena traz consigo toda sua jovialidade, o desejo de lecionar e a disposição de propiciar aos alunos uma boa formação. Ela é a primeira e a única a conquistar todas as crianças do terceiro ano, batendo de frente com as regras e exigências da impetuosa e rigorosa diretora do colégio, Sra. Olívia (Noemi Gerbelli). Helena está sempre disposta a colaborar com todos, não só conquista a confiança dos alunos, como também acaba se envolvendo com os conflitos pessoais e familiares. Ela passa a ser, além de uma professora, uma grande amiga e conselheira. Helena encontra no velho Firmino (Fernando Benini), o zelador da escola, um fiel amigo. Os dois agem como conciliadores nos conflitos provocados pela autoritária Olívia, que não gosta da tolerância excessiva da professora com relação aos alunos. Firmino conhece todos os alunos e funcionários da escola e sabe lidar com cada um deles, até mesmo, com Dona Matilde (Ilana Kaplan), a exagerada professora de Música, que sempre sofre com as travessuras das crianças e está sempre estressada.
Quando Helena fica doente, a Professora Suzana (Lívia Andrade) chega para substituí-la e acaba cativando também o coração das crianças – Suzana quer o posto de Helena. A professora de Música, Matilde, enlouquecida, deixa a escola e é substituída por Renê (Gustavo Wabner), que forma uma banda com os alunos do terceiro ano e tem um romance com Helena. “Carrossel” retrata o dia a dia das crianças, abordando conflitos reais e atuais: o menino que não fez a lição de casa, a menina que tem dificuldade de se enturmar na classe, o garoto frágil espezinhado pelo grandalhão na hora do recreio e todos os tipos de bullying sofridos na escola e na infância. Os conflitos da novela se desenvolvem tanto na rotina escolar, quanto no próprio núcleo familiar dos alunos. A relação com os colegas, professores e pais é apresentada sob o ponto de vista das crianças, abordando os conflitos interiores que as afligem: medos, culpas, preconceitos, tristezas e inseguranças. “A narrativa está bastante fiel à original. Porém, colocamos mais romance e rivalidade no núcleo de professores, sempre de uma forma divertida”, afirma a autora.
No decorrer da história, valores como amizade, igualdade e respeito ao próximo são exaltados, permitindo crianças e adultos refletirem sobre temas atuais e importantes para a sociedade.
Com acesso a Informática, os alunos da Escola Mundial vivenciam as vantagens e desvantagens do uso abusivo de toda essa parafernália da era digital. “O universo tecnológico das crianças hoje é infinitamente maior do que há 20 anos. Hoje elas usam celulares e toda parafernália eletrônica. As aulas estão mais interativas do que na antiga Escola Mundial. Abordamos também o fantástico mundo da imaginação infantil, criando histórias com contos de fadas”, conta Íris Abravanel.
Vivendo em universos paralelos, essas crianças encontram na Escola Mundial, o ponto de equilíbrio, no qual cada uma delas pode exercer seu potencial integralmente, apesar das adversidades da vida.
Para o bem-estar do elenco mirim, as crianças gravam aproximadamente cinco horas por dia e o SBT contratou uma equipe de profissionais especializados para acompanhar o dia a dia delas. Pedagoga, fonoaudióloga, psicóloga, pediatra e uma nutricionista estabelecem um diálogo diário com o elenco mirim e seus pais.
As cenas de “Carrossel” são gravadas nos estúdios 7 e 8 e também na cidade cenográfica do CDT Anhanguera, sede do SBT em São Paulo.
A construção dos cenários da Escola Mundial foi inspirada nas obras do arquiteto Lelé, compostas por linhas e cores primárias e fazem referência ao universo infantil. Para criar os uniformes, Cris Rose e Jeane Figueiredo, diretoras de Figurino, pesquisaram o universo das histórias em quadrinhos e também os uniformes usados em escolas de diferentes países. A ideia é que os uniformes fujam do tradicional usado nas escolas comuns. O intuito é de que as crianças adotem o uniforme como uma fantasia para mergulhar no ambiente da Escola Mundial. O figurino é quase um objeto de desejo entre os atores do elenco mirim. Os uniformes são iguais, mas o uso de acessórios cria uma forte identidade para cada personagem: o esportista, a romântica, a descolada, o tímido, o espoleta, etc.
A Escola Mundial é aberta para todos. Meninos e meninas de diferentes raças, crenças e classes sociais são colocados na mesma sala de aula. A união e a igualdade são pregadas pela Professora Helena, mas todos os alunos são tratados individualmente, caracterizando o jeito, a personalidade e as necessidades específicas de cada um.
A pergunta que não quer calar é se a nova versão de “Carrossel” vai repetir o sucesso do original mexicano. Mas se isso acontecerá, só o tempo dirá. A novela irá ao ar de segunda à sexta, às 20h30.
Quem é Quem?!
Professora Helena Fernandes (Rosanne Mulholland) - Professora jovem, linda e meiga que leciona ao terceiro ano da Escola Mundial. Para Helena, o ensino caminha lado a lado com o amor. Conquista a confiança e a amizade dos alunos rapidamente.
Professor René (Gustavo Wabner) - O Professor René chega à Escola Mundial para substituir a Professora Matilde. Muito charmoso e simpático, ganha rapidamente o respeito e a amizade das crianças. Ele e Helena vão se apaixonar, mas o amor do casal será constantemente perturbado pelas vilanias de Suzana.
Professora Suzana (Lívia Andrade) - É a contratada para substituir Helena quando adoece. No começo, é naturalmente rejeitada pelos alunos por não ser a querida professora. Apesar de ser formada em Pedagogia, não tem muito jeito com crianças, pouco se importa com seus sentimentos e vontades. Para conquistar a confiança dos alunos e se aproximar deles, passa a utilizar meios nada corretos, oferecendo guloseimas, aumentando notas sem mérito, cobrindo erros e não impondo limites. É falsa e dissimulada com todos, consegue enganar muitos dos alunos com o seu jeito forçosamente agradável. Valéria é a única a não aceitá-la do começo ao fim.
Diretora Olívia (Noemi Gerbelli) - Comanda sua escola com mãos de ferro. Seu método tradicional e engessado de lidar com as situações, não combina com crianças imprevisíveis que estão em transformação a todo o momento. A cara fechada e a postura rígida são suas técnicas para preservar a disciplina. Faz questão de se impor como autoridade e mostrar seu poder.
Firmino Gonçalves (Fernando Benini) - Nascido e criado em Portugal, veio para o Brasil já mais velho, atrás de melhores oportunidades de trabalho. Firmino acaba deixando a esposa em sua terra natal, mas antes que tenha condições financeiras de trazê-la para perto de si, ela falece. Sem ter mais por quem melhorar de vida, Firmino se acomoda com o emprego de porteiro que consegue na Escola Mundial.
Matilde (Ilana Kaplan) - Leciona Música aos alunos da Escola Mundial. É adepta dos padrões de ensino tradicionais e age de maneira similar a
Diretora Olívia. Impõe disciplina aos alunos com ameaças que não pode cumprir, o que a faz perder a credibilidade diante das crianças.
Laura Gianolli (Aysha Benelli) - Gordinha e sentimental, é a romântica da classe. Está sempre beliscando um pedacinho de comida. Inocente, deixa-se levar pelas emoções. Adora as histórias de princesa e sonha com um príncipe encantado. Vive desabafando um suspiro: “Isso é tão romântico!” ou “Isso é tão antirromântico” ou “Isso é muito sentimental”.
Kokimoto Mishima (Matheus Ueta) - Um japonês espevitado e baixinho. Sua marca registrada é uma faixa amarrada na cabeça, a tradicional Hachimaki. Do tipo “invocadinho”, não perde a oportunidade de sacanear alguém.
Adriano Ramos (Konstantino Atanassopolus) - É sonhador, criativo e apesar de disperso, não deixa de ser inteligente. Quando todo mundo menos espera, tem um insight genial. Não é estudioso, mas tira notas boas, o que é um mistério para os colegas, já que Adriano vive caindo no sono durante as aulas.
Bibi Smith (Vitória Diniz) - A estrangeira simpática. Tem um leve sotaque da língua norte americana e vive usando palavras em Inglês para se expressar. Faz a política da boa vizinhança, mas não é muito fã de contato físico ou muita proximidade.
Alicia Gusman (Fernanda Concon) - Espoleta e moleca, gosta de esportes radicais e brincadeiras de menino. Vai para todos os lugares, até mesmo para a escola, de skate. Veste-se de forma descontraída e sem muitas combinações.
Maria Joaquina Medsen (Larissa Manoela) - Arrogante, pensa que por ser filha de médico, rica e bonita é superior aos seus colegas. Racista e preconceituosa, não mede palavras para ofender seu colega, Cirilo, o qual despreza, também por gostar dela.
Miguel Medsen (Fábio Di Martino) - Pai de Maria Joaquina. Sua origem é humilde, teve uma infância pobre. Trabalhou, foi determinado e diligente para chegar onde chegou. Homem digno, correto e cheio de valores.
Clara Medsen (Adriana Del Claro) - Mãe de Maria Joaquina. Vem de uma família tradicional, nunca passou necessidade. É acostumada com o conforto da riqueza e não abre mão deles. Os valores humanos que tem, são de seu marido Miguel. É obrigada a colocá-los em prática para tentar mudar a cabeça egoísta de Maria Joaquina.
Cirilo Rivera (Jean Paulo Santos) - Ingênuo e inocente, Cirilo costuma cair nas peças que seus colegas lhe pregam. É doce e de boa índole. Está sempre disposto a ajudar os amigos.
José Rivera (Marcelo Batista) - Pai de Cirilo. Homem trabalhador, de caráter sólido e constante. Tem orgulho de ser negro e da família que construiu com a mulher. É cristão, conduz sua vida pelos princípios bíblicos.
Paula Rivera (Adriana Alves) - Mãe de Cirilo. Conciliadora, calma, sóbria e singela, mas guerreira quando se trata de ir à frente de sua família.
Valéria Ferreira (Maísa Silva) - Menina sapeca, geralmente está metida em confusão ou bolando um plano mirabolante. Inteligente, é do tipo que tem resposta pronta para absolutamente tudo e uma piadinha sempre na ponta da língua.
Ricardo Ferreira (Marcelo Cunha) - Pai de Valéria. Homem descente e de caráter. Bom pai de família, Ricardo mantém um ótimo relacionamento com a esposa. Exige que Valéria respeite e obedeça a mãe.
Rosa Ferreira (Gabi Saraiva) - Mãe de Valéria. É carinhosa, zelosa e generosa. Acompanha de perto a vida acadêmica da filha. Consciente dos problemas de comportamento de Valéria trabalha para corrigi-los, mas de vez em quando, dá umas escorregadelas
Jaime Palillo (Nicholas Torres) - Um garoto com o coração de ouro, mas sem muitos modos. Gordinho e bruto, Jaime costuma resolver seus conflitos com um empurrão aqui e um chute acolá.
Rafael Palillo (Henrique Stroeter) - Pai de Jaime. Homem humilde e trabalhador. Alegre, engraçado e de bem com a vida. Tem o costume de cantarolar pelos cantos. É
Eloísa Palillo (Ivana Domênico) - Mãe de Jaime. Feliz, bem-humorada e pacificadora. É contente com a sua aparência, apesar de ser cheinha.
Jonas Palillo (Matheus Chequer) - Ausente nos assuntos familiares. Vive na casa dos amigos, por quem é mais influenciado. Está sempre na moda dos jovens.
Carmen Carrilho (Stefany Vaz) - Sua meiguice e doçura são cativantes. É educada e respeita a todos, destaca-se em maturidade. Apesar de vir de uma família extremamente pobre, está sempre impecável, com o cabelo arrumado e uniforme em ordem.
Frederico Carrilho (Daniel Satixe) - Pai de Carmen. É um homem bom e decente, mas de pouca sorte. Inseguro das decisões que toma na vida, é instável.
Inês Carrilho (Rennata Airoldi) - Mãe de Carmen. Mulher sofrida, seu físico expressa sua fraqueza e cansaço.
Mario Ayala (Gustavo Daneluz) - Não desperdiça uma chance de destilar o ódio que lhe perturba. Mario perdeu a mãe e, desde então, não acredita mais em Deus.
Germano Ayala (Ithamar Lembo) - Pai de Mario. Dá duro para sustentar a casa. Trabalha com transporte de alimentos. Não lhe resta muito tempo livre para dar atenção à família.
Natália Ayala (Nábia Vilela) - Madrasta de Mario. Egoísta, amarga, ruim e desequilibrada. Detesta o enteado e não faz questão de agradá-lo.
Paulo Guerra (Lucas Santos) - Destemido, revoltado e sem limites, está sempre sacaneando um colega ou aprontando por aí. É fã dos estilingues, zarabatanas e outros brinquedos de atirar.
Marcelina Guerra (Ana Victória Zimmermann) - Frágil como uma flor, é a irmã mais nova de Paulo Guerra. Muito amorosa e sensível, defende os injustiçados sempre que sua coragem permite.
Roberto Guerra (Fábio Dias) - Pai de Paulo e Marcelina. Frio, severo, estúpido e pavio curto. Agride com palavras. Egoísta, dedica a maior parte de seu tempo ao trabalho, é um empresário ocupado.
Lilian Guerra (Camila Raffanti) - Mãe de Paulo e Marcelina. Carinhosa e preocupada com a formação dos filhos. Não se conforma com os problemas comportamentais de Paulo e com o quanto ele é diferente de Marcelina.
Davi Rabinovich (Guilherme Seta)- Seus cabelos loiros cacheados e personalidade doce lhe dão um ar angelical. É judeu e muito sensível. Deixa-se levar por sua imaginação fértil e faz trapalhadas por pensar que coisas são o que na verdade não são.
Isaac Rabinovich (Bruno Perillo) - Pai de Davi. Judeu tradicional está sempre com seu quipá, símbolo do temor a Deus. Segue os preceitos da religião semita, transmite-os a Davi nas conversas e atitudes que toma. Homem de posses, dono de uma companhia de mudanças.
Rebeca Rabinovich (Patrícia Pichamone) - Mãe de Davi. Estereótipo da mulher judia, usa saia, e se veste com bom gosto.
Jorge Cavalieri (Léo Belmonte) - É o menino mais rico da sala. Vizinho de Maria Joaquina. Prepotente e orgulhoso, possui inteligência acima dos padrões de sua idade e é muito ardiloso.
Alberto Cavalieri (Pedro Osório) - Pai de Jorge. Homem abastado, de família nobre. Determinado, orgulhoso e drástico em suas atitudes. Não tem problema em mostrar o poder e a fortuna que tem.
Rosana Cavalieri (Silvia Menabó) - Mãe de Jorge. Bonita, vaidosa e fútil. Sempre defende e mima o filho. Bate de frente com o marido quando o mesmo decide colocar o filho na Escola Mundial.
Daniel Zapata (Thomaz Costa) - É um aluno exemplar. Incorruptível, não se deixa levar pelas más influências. O líder intelectual da turma, politicamente correto, induz os colegas a fazerem o que é apropriado.
Valentim Zapata (Paulo Gandolfi) - Pai de Daniel. Justo e correto. É adepto da moral e dos bons costumes. Um homem magnânimo, não nega auxílio aos que precisam.
Marcos Morales (Déo Morales) - Rico e bondoso empresário, patrono da Escola Mundial e amigo de Dr. Miguel. De origem muito pobre, prosperou e enriqueceu. Inteligente, talentoso para os negócios e com a sorte ao seu favor, construiu um império.
Jurandir de Souza (Carlinhos Aguiar) - É o mecânico auxiliar de Rafael na oficina. Não tem muita experiência na área e por isso vive fazendo trapalhadas.
Cristina Fernandes (Cris Bonna) - Mãe da Professora Helena. Mulher de caráter e muito correta. É certeira e objetiva no falar, mas sabe ser doce quando necessário.