Após a comunhão, a emoção teve seu auge quando padre Nino decidiu agraciar a todos cantando “A Caridade”
A emoção tomou conta da missa presidida pelo padre Nino Carta, no último sábado, dia 7, na Igreja Matriz – Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Os fiéis encheram a igreja para receber o pároco italiano. Os católicos se espremeram para rever e ouvir as palavras de seu ex-pároco.
Uma liturgia especial foi preparada para relembrar os quase oito anos de convivência entre padre Nino e os votuporanguenses. Os cânticos escolhidos foram os que encantavam os fiéis na época de padre Nino e os leitores foram pessoas que tiveram grande participação naquela época. Padre Nino cantou junto com o coral, fazendo com que muitas pessoas não contivessem as lágrimas.
Foi um momento para celebrar e agradecer a vida dos últimos três párocos da Igreja Matriz, pois, além das presenças dos padres Nino Carta (1983-1991) e Gilmar Margotto (atual), foi celebrada a missa de 10 meses de falecimento do padre Edemur, que substituiu Nino na paróquia. Padre Nino foi elogiado pelos trabalhos realizados em Votuporanga, como a criação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Pastoral do Menor, Festival Estrelinhas, Programa de Rádio “Bondade é Notícia”, Seminário Paroquial, entre outros.
Em sua homilia, padre Nino falou sobre o amor de Deus e sua experiência em Votuporanga. “Tudo passa na nossa vida, mas só o amor de Deus fica. Nada é pequeno se é feito com amor” afirmou o padre. “Gostaria de entrar no coração de cada um de vocês e lembrar-me de cada coisa que aconteceu nos quase oito anos em que fiquei aqui em Votuporanga. Deus queria o Nino nesta cidade. Foi a paróquia mais maravilhosa em que estive. Coloco cada um de vocês no coração de Deus ”, disse Nino. Ao lembrar-se que há um sofreu um infarto, padre Nino falou: “Já passei por 14 cirurgias, por isso sou jovem. Deus cortou e saiu não o Nino que eu queria, mas o Nino que Deus queria”. Com espírito jovial, o sacerdote italiano brincou: “O tempo passa, mas a juventude da alma permanece. Eu sou ainda jovem, porque não há dia para recomeçar, a vida segue nas mãos de Deus”, sendo aplaudido por todos. “Eu não vim fazer coisas, eu vim ajudar a fazer pessoas”, concluiu padre Nino.
Após a comunhão, a emoção teve seu auge quando padre Nino decidiu agraciar a todos cantando “A Caridade”. A multidão de fiéis se emocionou, cantou junto com o padre. Lágrimas caíram e, ao fim da canção, todos o aplaudiram de pé.
Grande admirador do futebol e apaixonado pela Votuporanguense, padre Nino recebeu uma camiseta do time atual, que vestiu imediatamente. O jornalista João Carlos Ferreira e o ex-presidente da Votuporanguense, Dorival Veronezze, contaram algumas histórias da presença do sacerdote nas arquibancadas, torcendo sempre pela alvinegra. Padre Nino recebeu também seu antigo rádio, em formato de bola de futebol, no qual ouvia as partidas e pode ouvir um pequeno trecho no qual ele mesmo narrava um jogo da Votuporanguense. Ao fim da celebração, os presentes abraçaram e conversaram com o padre.
Pela emoção vivida, a multidão presente, as músicas cantadas e as palavras proferidas por padre Nino, a Igreja Matriz, na noite de sábado, foi um pedacinho do céu!