Dr. Joaquim Figueira da Costa
Nascido em Ipigua-SP em 13 de julho de 1.936, residiu na zona rural em Mirassolândia-SP e Tanabi-SP (fazenda Paglioni), onde começou o primeiro ano primário em 1.943, época da Segunda Guerra Mundial, da Ditadura e quando visitou a região o interventor doutor Fernando Costa. O menino Joaquim participou da recepção do interventor em Tanabi, fez parte do grupo de alunos da Escola Rural da Fazenda Paglioni, viajavam até a cidade em uma jardineira movida à gasogênio.
O primeiro ano primário foi concluído em uma escola na zona rural perto de Ibiporanga-SP, em 1.944, onde a família passou a morar. Depois de quatro anos sem estudar, porque mudou-se para a zona rural de Américo de Campos (Córrego do Capim) em 1945.
Em 1.946, a família veio para Votuporanga, residir no bairro Cruzeiro, na zona rural, e só recomeçou o segundo ano primário em 1.948, numa casa adaptada na rua Padre Paranhos. Naquele ano, residiram na rua Pernambuco, esquina com a Guaporé, praticamente no fim da área urbana, atrás da casa havia uma mata virgem.
Em 1949, mudaram para a rua Alagoas, esquina com a das Bandeiras. O limite da cidade era a rua das Américas, alguns metros após, existia uma porteira que dava acesso ao sítio do senhor Augusto e da dona Edelvina, pais de um querido rapaz, mudo, que percorria as ruas da cidade com boné na cabeça e se fazendo de guarda de trânsito.
“Quanta saudade das grandes festas de Santos Reis, reunindo toda a população na propriedade do senhor Augusto, que tinha como vizinha a família Lupo, o limite era a rua das Américas”, conta dr. Joaquim.
Nos anos seguintes, o hoje médico cursou o terceiro e quarto ano primário no grupo escolar onde hoje está a Prefeitura. “Quanta saudade da minha professora dona Lucinda, esposa do senhor Mario Longo, vereador socialista”, recorda dr. Joaquim.
No ano de 1.950, Joaquim precisava fazer preparatório para admissão ao ginásio, entretanto, seu pai permitiu que escolhesse entre a escola ou aprender uma profissão. Ele, então, optou pela segunda hipótese e conseguiu um estágio na alfaiataria ao lado da Casa Dias (hoje, Supermercados Santa Cruz). Trabalhou durante três meses com o senhor Luiz, com o Dircinho e com o Tesourinha (que hoje encanta a todos com o seu saxofone). Perto de dezembro, abandonou a profissão de alfaiate e retornou aos estudos. Ingressou no ginásio estadual, nos dois primeiros anos frequentando onde hoje é a Prefeitura e o terceiro ano ginasial em um prédio novo onde hoje é a faculdade.
No final de 1.953, abandonou os colegas de terceiro ano ginasial, pois o exame de madureza lhe permitiu eliminar o quarto ano.
Em 1.954, não havendo curso colegial em Votuporanga, foi estudar em colégio particular de Campinas, graças à generosidade do saudoso padre Felipe Dimants (padre Pio), seu ex-professor de inglês e latim.