Exibindo programação antiga da Globo e alguns programas atuais, o Canal Viva é um dos mais assistidos da TV paga
Ana Maria Braga e Louro José também estão no Viva
Quem nunca sonhou em fazer uma viagem numa máquina do tempo? Voltar ao passado, presenciar fatos históricos, relembrar a infância, ver como tudo começou e até mesmo mudar algo que deu errado. Pois bem, até hoje não se tem notícias que tal máquina já tenha sido construída. Mudar o passado, ao que tudo indica, é impossível, mas relembrá-lo, isso sim é possível. E nada melhor do que relembrar o que se passou, assistindo as atrações que marcaram época na televisão brasileira.
E este é o objetivo do Canal Viva, lançado pela Globosat, como canal pago, em 18 de maio de 2010. O canal conta com a exibição em horários alternativos e de reprises de programas da Rede Globo e alguns do canal pago GNT. O foco da emissora é no entretenimento, para isso, exibe minisséries, seriados, filmes dublados, novelas e programas de variedades que estão no ar ou que fizeram sucesso no passado.
Setembro é um mês de grandes “estreias” no Viva. Para começar bem, na segunda-feira, dia 9, duas excelentes produções entram na programação do canal: a novela policial “A Próxima Vítima” e a minissérie “Mad Maria”. Já no dia 14, o seriado “Antônia” vai apresentar a vida de quatro jovens de Brazilândia, bairro pobre de São Paulo, tentando superar o preconceito e a violência por meio do hip-hop. Os assinantes conferem ainda as últimas emoções da novela “Rainha da Sucata”, e a aguardada estreia da novela “Água Viva” na faixa da meia-noite.
“A Próxima Vítima” vai ao ar às 16h15, com horário alternativo à 1h145. O tema principal da trama é uma série de assassinatos misteriosos que começa a acontecer em São Paulo. A única pista é um velho Opala preto visto em todas as cenas dos crimes. Quem matou? Quem mais morreria? Qual o motivo por trás das mortes? Essas eram as três perguntas que o autor Silvio de Abreu fazia aos telespectadores, em 1995, ano que novela foi ao ar pela Rede Globo.
Já “Mad Maria”, a minissérie de Benedito Ruy Barbosa, exibida pela Rede Globo em 2005, vai ao ar de segunda a sexta, às 23h15, com horário alternativo às 5h15 e mostra os bastidores da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, que cruzava parte do coração da Amazônia. O projeto monumental visava compensar a Bolívia pela perda do território do Acre e facilitar o transporte da borracha. A história é retratada através de duas partes contrastantes: o trabalho dos operários na floresta e o mundo de glamour e luxo dos empresários e políticos, responsáveis pela obra, que viviam no Rio de Janeiro.
O lado da trama que se passa na ferrovia apresenta o triângulo amoroso formado pela pianista Consuelo (Ana Paula Arósio), o médico americano Richard Finnegan (Fábio Assunção) e o índio Joe Caripuna (Fidellis Baniwa). No Rio, o empresário americano Percival Farquhar (Tony Ramos) é o idealizador da obra. Mas o honesto ministro Juvenal de Castro (Antonio Fagundes) é contrário à realização do empreendimento. Para conseguir tirar o político do caminho, Farquhar começa manipular a jovem Luiza (Priscila Fantin), amante de seu inimigo.
“Antônia”, o seriado que é baseado no filme homônimo de Tata Amaral, lançado em 2006, entra na programação do canal, no dia 14 e será exibido aos sábados, a partir das 22h30, com reprise aos domingos, às 19 horas. O seriado mostra a difícil vida das jovens Preta (Negra Li), Barbarah (Leilah Moreno), Maya (Quelyna) e Lena (Cindy Mendes). As quatro amigas de infância, moradoras da vila Brazilândia, bairro pobre de São Paulo, formam o grupo de hip-hop “Antônia”. A trama é passada dois anos depois da história do longa.
Uma das estreias mais esperadas do Viva para este mês, acontece no dia 30, à meia-noite, quando entra no ar o sucesso dos anos 80 “Água Viva”. Com 161 capítulos a novela foi exibida entre 04 de fevereiro e 09 de agosto de 1980 e foi escrita por Gilberto Braga e Manoel Carlos. Protagonizada por Betty Faria, Reginaldo Faria e Raul Cortez, “Água Viva” revela o cotidiano da classe rica à beira mar do Rio de Janeiro. Miguel Fragonard (Raul Cortez), casado com Lucy (Tetê Medina) e pai de Sandra (Glória Pires), é um cirurgião plástico de sucesso que condena o estilo de vida do irmão, Nélson (Reginaldo Faria), um bon vivant que nunca trabalhou e vive de renda. Após perder a mulher na explosão de uma lancha, o médico se apaixona por Lígia (Betty Faria), sem saber de sua relação com Nélson. A novela será exibida em horário alternativo, ao meio-dia.
“Rainha da Sucada” é mais uma atração do Canal Viva, mas que infelizmente já está chegando ao fim. Seu último capítulo vai ao ar, no final deste mês, no dia 27, para dar lugar à estreia de “Água Viva”. Mas a novela termina cheia de surpresas. Maria do Carmo (Regina Duarte) decide não ficar nem com Gerson (Gerson Brenner) e nem com Edu (Tony Ramos) quando sair da cadeia. Ao conseguir provar sua inocência, ela é libertada e dá uma grande festa na Sucata. Jonas (Raul Cortez) dá a Paula (Cláudia Ohana) sua mansão e ela decide fundar um jornal alternativo. No final, a jornalista reata o namoro com Edu. O grande vilão Renato (Daniel Filho) se encontra com Mariana (Renata Sorrah) no corredor do hotel e a joga do alto da escada de serviço, matando-a. A polícia o persegue e, para escapar, ele vai para um depósito de gasolina, faz uma barreira de fogo e foge num pequeno avião.
Foram ou ainda são destaques do canal os programas “Mais Você”, “Vídeo Show”, “Caldeirão do Huck”, “Estrelas”, “Escolinha do Professor Raimundo”, “Sai de Baixo”, “Globo de Ouro”, “Renascer”, “Felicidade”, “Vale Tudo”, “Barriga de Aluguel”, “Cassino do Chacrinha”, entre muitos outros.
Pode-se dizer que o “Canal Viva” é um verdadeiro túnel do tempo, é uma pena que é um canal pago, disponível para apenas uma parte da população, deixando quem não tem TV por assinatura órfã das lembranças do passado.