Você já se sentiu triste com a sua situação? Aquela sensação de ser menos? De ter menos?
Sabe, eu me sentia! E algumas vezes ainda me vem essa sensação em algumas situações. Tudo são causas e efeitos, tudo é a nossa percepção.
Por exemplo, quando eu ia para a cidade vizinha, passear no shopping, eu voltava depressiva, triste, não me sentia bem. Começava no estacionamento, quando eu chegava, já ficava olhando os outros carros, naquela sensação de inferioridade que nos acaba!
Ao entrar, me deparava com as vitrines cheias de coisas belas e caras, aquelas pessoas todas lindas, bem vestidas...Puxa! Que depressão! Como me sentia mal. Olhe o que essa baixa autoestima fazia comigo!
Mas por que me sentia assim? São tantos fatores! Desde o nosso nascimento, a nossa infância e como fomos cuidados, o que ouvimos, até nossa ancestralidade. Foram e ainda são muitas curas.
Outro dia, andando no parque da minha cidade vi um garoto querendo entrar na centro cultural e a mãe, brava com ele, disse: Você não pode! Aí não é para você! Somos pobres!
Não resisti e fui falar com ela. Expliquei que aquele local é público, foi feito para toda população e que seu filho poderia brincar como quisesse lá. Mas a crença que “aquilo não era para ele”, que “era pobre”, já tinha se instalado.
No meu caso, além do que já tinha e tenho “instalado” em mim, eu, naquelas visitas, estava me comparando! Eita comparação que nos coloca para baixo! E comparando com o tal “ter”! Eu não conseguia olhar para mim, só para o outro! E só para o que eu não tinha!
Dizem que uma das maiores causas da tristeza é a comparação! Toda vez que me comparo com o outro, tiro o foco do eu e trago um padrão que não é meu, esqueço que sou único e divino assim como sou.
Aprendi isso na dor. No tal “fundo do poço” comecei a me ver como ser humano, e me aceitar. Comecei a olhar com amor para mim, aí consegui olhar com amor para o outro. Passei a entender que cada um está onde precisa estar e que existem infinitas possibilidades para nós nessa jornada. Então o que aconteceu? A comparação passou a ser “eu comigo mesmo” e entendi que cada um tem o que merece. Enxergo hoje o mundo como um grande catálogo de possibilidades, que se alguém conseguiu, eu posso conseguir também! Isso é possível se eu ver o que o outro tem com entusiasmo, com felicidade, e não com inveja. Ter inveja e se ver com diferença, bloqueia qualquer benefício em sua vida.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Me olhar com amor faz eu olhar o outro com amor. E quanto às coisas do “ter”? Ah, agora fica claro que todos podem! Que o mundo é abundante e se uma pessoa tem, todos podem ter! Passear no shopping agora é motivo de felicidade. Enquanto ser humano, as posses são sim, bem-vindas, mas quem domina a minha mente é o que eu tenho, o que eu quero, o eu! Sou ser humano sem rótulos e pronto!
Sair do outro e olhar para si liberta! Entender que o mundo é abundante e todos podem, liberta! Entender que a comparação é sempre com você mesmo, liberta! Enxergar o ser humano em mim e no outro, liberta! Autoestima, liberta! Fácil? Claro que não! É um caminho, passo a passo.
Liberte-se, na sua individualidade, como você achar que deve, no seu tempo, pois queremos um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhor, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +