Diariamente somos usuários, alvo e vítimas dos avanços conquistados pela humanidade, mais precisamente pela tecnologia intensamente presente em nossas vidas, desejando ou não dela fazer uso racional, humano e ético.
É notório que as facilidades advindas dos avanços conquistados pela Inteligência Artificial realizam desejos humanos em todos os campos de intervenção, não apenas no lazer como estávamos habituados, dominando áreas do trabalho, automação, tradutores simultâneos e, muito especialmente no campo do marketing digital.
Ainda que não tenhamos o desejo de receber comunicados sobre um determinado item ou tema, ao realizarmos uma simples busca na rede mundial somos, imediatamente identificados como interessados no assunto e passamos a receber mensagens em nossas redes sociais com oferta de produtos e ou serviços relacionados ao tema.
Assim como, somos alvos de “golpes” realizados igualmente em todas as redes sociais ou pelo telefone pessoal. O que mais nos atinge, cotidianamente, são os telefonemas supostamente de instituições oficiais nos oferecendo produtos, serviços ilegais ou criminosos. Pessoalmente recebo diariamente mais de 20 telefonemas com estas características. E, para os menos incautos, o número do telefone que aparece na ligação é muito semelhante ao de seu uso o que favorece a ação de atender e se colocar nas mãos dos criminosos.
Como a presença na rede mundial de computadores não oferece, ainda, total segurança ou rastreamento dos responsáveis pelas informações presentes (ofertas tentadoras aos incautos), são inúmeros os golpes que se concretizam, especialmente entre as pessoas com dificuldades de identificação da verdade em meio a tantas mentiras.
A ganância tem sua responsabilidade no avanço da criminalidade digital. Pessoas com um pouco mais de vida vivida, idosos, hão de se lembrar do famoso golpe da venda de bilhete premiado da loteria. Não havia o recurso digital, mas o desejo de ganho com facilidade levava ao sucesso do criminoso.
A tecnologia tirou das ruas o “vendedor do bilhete premiado”, ampliou o seu alcance via celular (o número de celulares no Brasil chegou a 256,2 milhões em 2023? Se este fosse o de 2024, seria maior que o número de habitantes: 212.583.750 (julho de 2024), e o sucesso criminoso expandido.
Portanto, o crime vencendo em todos os setores da vida humana contrapondo a preocupação com a questão “da ciência deve servir à humanidade, não o contrário”. Mas os exemplos são muitos, vide a bomba atômica, não é?