Edward Coruripe Costa participou de grandes realizações,
sendo o chefe do gabinete de prefeitos por muitos anos
O nordestino Edward Coruripe Costa era participativo em toda a sociedade votuporanguense e atuou em diversas áreas (Foto: Acervo Diogo Mendes Vicentini)
Gabriele Reginaldo
gabriele@acidadevotuporanga.com.br
Foi em busca de melhorias e qualidade de vida que o nordestino Edward Coruripe Costa, mais conhecido como Costinha, mudou-se para a capital de São Paulo e depois para Votuporanga, por conta do trabalho na indústria Sambra (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro).
A partir dessas mudanças, Coruripe descobriu a cidade que faria parte de toda a sua vida. Segundo o filho, Edson Gil Costa, a Sambra abriu uma filial em Votuporanga e, então, seu pai mudou-se da capital para o interior.
Ainda de acordo com o filho de Edward Coruripe Costa, o pai tinha um amor especial por Votuporanga e não aceitava mudar-se da cidade. Por aqui, ele participou de grandes realizações, sendo o chefe do gabinete de prefeitos por muitos anos e acompanhando a gestão de diversos administradores públicos.
“Durante muitos anos ele foi chefe de gabinete da Prefeitura de Votuporanga. Depois, por motivos políticos, foi colocado à disposição ocupando o cargo de secretário-geral da faculdade que foi fundada na cidade. Durante sua passagem na faculdade, ajudou a abrir novos cursos para formar mais profissionais”, afirmou Edson Gil Costa.
Porém, a trajetória de Edward Coruripe Costa não parou somente na indústria algodoeira e na política. De acordo com o filho, ele era participativo em toda a sociedade votuporanguense. Ele ajudou a contar a história de Votuporanga.
“Ele foi goleiro do time de futebol da cidade, era o cantor das orquestras de baile, fez contabilidade, foi funcionário público e escrevia muito bem. Ele escreveu dois livros sobre a cidade, “Votuporanga através dos tempos” e “Votuporanga – um milagre paulista”, e recebeu medalhas da Prefeitura. O terceiro livro dele é uma autobiografia, “Passaporte para a eternidade”, afirmou.
Costinha ainda se dedicou aos veículos de comunicação atuando como gerente e comentarista esportivo da equipe de esportes da rádio Piratininga de Votuporanga. “Uma coisa interessante é que, nessa época, o J.Hawilla, de São José do Rio Preto, foi repórter de campo da rádio Piratininga”, contou Edson Costa.
“O meu pai se dedicou durante uns 30 anos como correspondente regional da Folha de São Paulo e Gazeta Esportiva. Naquela época, era tudo feito por telefone. Lembro que ele ligava para São Paulo e a ligação demorava para ser completada”, afirmou o filho de Edward Coruripe Costa.
Edson Gil Costa ainda afirmou que “Votuporanga para o meu pai era tudo. Ele contou a história da cidade em livros e homenagens para ele, como do Museu que leva seu nome, têm tudo a ver com o que ele sempre se dedicou”.