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Cidade
Revolução de 1932: a história de alguns dos votuporanguenses que participaram das batalhas
O feriado estadual é uma oportunidade para relembrar e honrar os paulistas que lutaram pela autonomia do estado, incluindo votuporanguenses
Em Votuporanga, o nome de votuporanguenses que participaram da revolução de 1932 estão eternizados no Obelisco 9 de Julho (Foto: A Cidade)
Da redação Nesta terça-feira (9), Votuporanga e todo o Estado de São Paulo celebram os 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, um movimento histórico de grande importância para a história política do Brasil. O feriado estadual é uma oportunidade para relembrar e honrar os paulistas que lutaram pela autonomia do estado, incluindo diversos votuporanguenses.
Alguns combatentes que posteriormente escolheram Votuporanga para viver são homenageados pelo Obelisco Praça Nove de Julho, também conhecido como Obelisco da Revolução Constitucionalista de 1932. O monumento está situado na Praça Nozombu Abê, na Avenida Nove de Julho.
A princípio, foram eternizados, pelo ex-prefeito Luiz Garcia De Haro, em 9 de julho de 1976, os nomes dos combatentes Alfredo Rodrigues Simões, Aníbal Martins, Aziz José Abdo, Felício Gorayeb, Felipe Munhós, Hernani de Mattos Nabuco, Judith Freitas da Silva Saltini, Leônidas Pereira de Almeida, Luiz Saltini, Ofélia Catelli Jabur, Narciso Pelegrini, Olívio Araújo e Nelcíades de Oliveira.
Em 2017, após uma pesquisa histórica realizada pela Prefeitura de Votuporanga com o apoio do votuporanguense Jorge Xavier e dos familiares dos combatentes foram entronizados também mais três nomes: Affonso Sardemberg Van Haute, Alberto Teixeira Soares e João Carlos Botelho de Miranda.
Affonso Sardemberg Van Haute alistou-se como voluntário no Batalhão Rio Grande do Norte da Revolução Constitucionalista, aos 19 anos de idade, no qual permaneceu até o final do combate, no dia 2 de outubro daquele mesmo ano. Em Votuporanga, Affonso foi comerciante e, posteriormente, gerente da Caixa Econômica do Estado de São Paulo. Faleceu em 5 de maio de 1991, aos 78 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), para onde transferiu-se para um tratamento de saúde.
Já Alberto Teixeira Soares alistou-se, ao lado de seu filho mais velho, Roberto Teixeira Soares, como voluntário no Batalhão Rio Grande do Norte da Revolução Constitucionalista. Juntos, pai e filho lutaram na Frente de Eleutério, na cidade de Itapira (SP). Em 1948, Alberto mudou-se para Votuporanga, trazido pelo cunhado, o Capitão Leônidas Pereira de Almeida, irmão de sua segunda esposa. Na cidade, seguiu com a carreira de contador e, por muitos anos, manteve escritório de contabilidade. Faleceu em 25 de fevereiro de 1969, aos 75 anos.
João Carlos Botelho de Miranda, por sua vez, formou-se médico e lutou nas trincheiras da Revolução de 1932. Em 1943, e mudou-se para a pequena Vila Monteiro, atual município de Álvares Florence, onde atuou como o primeiro médico da localidade. Em 1954, transferiu-se definitivamente para Votuporanga. De seu casamento, nasceu seu único filho, João Alfredo Leite Miranda Botelho.
Contexto Histórico A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma reação das elites paulistas à perda de influência política ocorrida após a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder, derrubando o presidente Washington Luís e encerrando a República Velha. Vargas havia se comprometido a convocar novas eleições e a promover uma Assembleia Nacional Constituinte, mas, em vez disso, fechou o Congresso e passou a governar por decretos, reduzindo a autonomia dos estados.
O movimento de 1932 reivindicava a realização de novas eleições e a promulgação de uma nova constituição.
Acontecimentos A insatisfação com a centralização do poder e a falta de uma nova constituição culminou em uma manifestação no centro de São Paulo, em 23 de maio de 1932, onde quatro estudantes foram mortos. As iniciais dos estudantes - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo - formaram o símbolo "M.M.D.C.", que se tornou um emblema do movimento.
O conflito começou em 9 de julho de 1932, liderado pelo interventor Pedro Toledo, nomeado por Vargas. Apesar das expectativas de apoio de tropas de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o movimento contou principalmente com a ajuda da população paulista, que doou bens para financiar a revolta. Confrontos armados intensos ocorreram entre as forças paulistas e as tropas federais, especialmente no Vale do Paraíba. Após meses de combates e muitas perdas, os paulistas se renderam em 2 de outubro de 1932, com um saldo de mais de 900 mortos.
Legado Apesar da derrota militar, a Revolução Constitucionalista de 1932 conseguiu alcançar uma importante vitória política. Em 1934, uma nova Assembleia Constituinte foi convocada, resultando em uma nova constituição. O Congresso foi reaberto e os partidos políticos, que haviam sido extintos em 1930, foram restabelecidos.
Getúlio Vargas foi eleito presidente por eleições indiretas, e Armando Sales, interventor de São Paulo nomeado em 1933, foi eleito governador do estado pela constituinte estadual em 1935.
A memória da Revolução Constitucionalista de 1932 continua viva em São Paulo e é celebrada anualmente, lembrando a luta pela autonomia e pela democracia no Brasil.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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