Projeto de autoria do vereador Meidão propõe que cabines esportivas recebam nome de Ezupério Vitor Martins, morto em 77
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
As obras da nova arena Plínio Marin prosseguem e a cada dia, surgem ideias e propostas de dar ao novo, um pouco da história do antigo estádio. Após o local ter mantido o nome do antigo palco do futebol votuporanguense, chegou a vez do setor de imprensa ser rebatizado, prestando uma homenagem a um radialista morto em acidente, que trabalhou em Votuporanga na década de 1970.
Um projeto de lei, número 165 de 2015, de autoria do vereador Mehde Meidão, propõe dar nome de “Radialista Ezupério Vitor Martins” ao setor de imprensa da arena. O nome do comunicador também foi homenageado nas cabines das emissoras de rádio do antigo estádio, demolido nesse ano. O projeto deve ir à votação nas próximas sessões e não deve ter resistência para ser aprovado.
Na justificativa, Meidão aponta que o objetivo da homenagem é “perpetuar a memória desse notável homem da comunicação, do rádio votuporanguense e regional, que exemplares serviços prestou a nossa comunidade”.
Homenageado
Ezupério Vitor Martins, filho de Durval Martins e de Aparecida da Conceição Soledade Martins, nasceu na cidade de Tanabi-SP, em 3 de junho de 1948. Desde a mais tenra idade já demonstrou sua vocação para a radiofonia, tanto que ainda muito pequeno, guiado por mãos amigas e por familiares, frequentava os estúdios da Rádio Clube de Tanabi.
Tendo sua família transferido residência para a cidade de General Salgado, na adolescência, trabalhou no serviço de auto falante daquela cidade, fazendo os trabalhos de locução de festas, quermesses e noticiário. Vindo para Votuporanga, começou, verdadeiramente, sua carreira como profissional de rádio através dos microfones da Rádio Clube de Votuporanga, onde compôs uma grande equipe de notáveis radialistas, como Léo de Oliveira Filho, Claudio Craveiro, J. Ávila, Luiz Carlos Bordoni e tantos outros.
Além de programas musicais, noticiários ainda era um exímio repórter de campo de futebol, condição que lhe rendeu um convite para trabalhar na Rádio Bandeirantes de São Paulo, através do lendário Fiori Gigliotti, tendo recusado para permanecer junto à família que amava tanto.
Depois da Rádio Clube, transferiu-se para a extinta Rádio Piratininga de Votuporanga, oportunidade que, junto com o popular José Antonio Sanches, na década de 70, fez o noticioso “Rotativa no Ar”, um dos programas de maior audiência no interior do Estado de São Paulo, com penetração nos Estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Posteriormente prestou serviços na Rádio Educadora de Fernandópolis e, em 13 de novembro de 1977, faleceu vitimado por um acidente automobilístico na Rodovia Percy Waldir Semeghini, próximo a cidade de Ouroeste.