**Emocionante acompanhar pela Rádio Cidade e pelas imagens da TV Unifev a inauguração da Arena Plínio Marin. Uma linda festa com o torcedor mostrando o orgulho de ser votuporanguense, cantando e vibrando não com o resultado jogo, o que menos importou, mas sim com a inauguração da Arena. Um trabalho árduo de anos, que começou em um sonho e que, felizmente, é realidade. Na sua nova casa, a Votuporanguense começa a temporada oficialmente no sábado, diante do MAC. Na largada da série A2, o fundamental é somar pontos. O que se viu no jogo com a Ponte Preta causou uma boa impressão com o time ainda buscando se acertar em campo, o que por motivos óbvios não se pode ter num primeiro jogo. Marcelo Dias já começou a ajustar sua equipe para a estreia que, com certeza, terá o torcedor de volta a Arena, sua nova casa.
**Sempre fui e sempre serei contra torcida organizada, e só mudo de opinião se elas mudarem o seu comportamento, deixando de agir com promiscuidade e terror em estádios e até fora deles. Gangues se utilizam de uma suposta paixão clubista para terem privilégios e um tratamento especial, que não merecem. Recentemente, o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, revelou ao UOL que doa ingressos e colabora com o Carnaval de uma das facções com R$150 mil, a entrevista fez com que o MP-SP decidisse investigar o assunto. Tem sido assim nos últimos tempos com promotores de plantão sempre pegando um “gancho” para ganharem espaço na imprensa se dizendo contrários, prometendo uma forte investigação. Paulo Castilho é o da vez, e ele afirma que o que foi dito pelo dirigente tricolor é algo que todos sabiam, mas era de difícil comprovação. Dos clubes Paulistas, o Palmeiras é o único que não paga aos organizados por nada, e nem lhes dá ingresso, mas Paulo Nobre não se esforça para tomar deles os lugares que são reservados na Arena.
**Tal prática acontece porque os marginais ameaçam dirigentes e até mesmo jogadores e treinadores dos clubes, então quando um jogador faz um gol e sai comemorando na direção da organizada, não é porque ele a respeita ou quer homenageá-la, é porque ele sabe que se não fizer, pode sofrer represálias. As ameaças são claras e vão desde vaiar ou xingar o jogador até ameaçar ele e família de sequestros ou agressão. O número do telefone do jogador, eles conseguem facilmente porque dentro do próprio clube, alguém infiltrado tem acesso a detalhes de dirigentes, jogadores e treinador.
**Na semana que passou, na Copa da Flórida, via-se nas imagens da TV que uma facção estava nas arquibancadas nos jogos do Corinthians, e pasmem, eles foram bancados em tudo. Estadia, passagem e ingressos foram distribuídos abundantemente a quem quisesse ir aos EUA. Obviamente que um torcedor normal não tem este mesmo privilégio, sequer sendo recebido por dirigentes dos clubes para um simples bate-papo, ou nem sendo autorizado a fazer uma visita a um estádio ou ao CT de sua equipe.
**Como aconteceu anteriormente, o MP vai buscar um modo para tentar punir, mas não agirá com rigor, e a solução encontrada será apenas mais uma que não será cumprida pelas organizadas que sabem que podem agir livremente sem nenhuma punição. Qualquer iniciativa que não seja a de extinção deles, será apenas para “enxugar gelo”.
**E na merecida conquista do Flamengo, ontem no Pacaembu, vimos dois jogadores do Corinthians mostrando sua reverência e, mais que isso, a dependência que eles aprendem desde cedo, a terem pelos organizados. Gabriel Vasconcellos fez 1 a 0 e subiu no alambrado na frente deles, tomou cartão e esqueceu que o estádio tinha mais corintianos. O goleiro Filipe, ao pegar um dos pênaltis, saiu em direção à organizada, o que ele e tantos aprenderam a fazer desde cedo para não sofrerem represália.