Vereador disse que novo texto com modificações será entregue; diretor do CAV pede que Câmara reavalie a situação
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
O vereador Mehde Meidão, autor do projeto de liberação da venda de cervejas no interior da Arena Plínio Marin, que acabou rejeitado pela Câmara Municipal na sessão ordinária do dia 28 de janeiro, informou ontem que vai reapresentar o texto para votação na Casa de Leis. Segundo o legislador, ele já registrou o pedido e vai trabalhar para incluir algumas alterações no conteúdo da proposta para possibilitar que o projeto retorne à votação.
Meidão disse que está se informando sobre a situação de cidades que permitem a venda de cervejas no interior dos estádios de futebol, por meio de projetos aprovados pelas câmaras municipais. Segundo ele, é preciso ter essa base como exemplo que pode ser seguido em Votuporanga. Entre os municípios citados pelo vereador estão Barretos, que sediou o último jogo da Votuporanguense na Série A2, Sertãozinho, que disputa a Série A3, Ribeirão Preto, com times na primeira divisão, e também Rio Preto, que recentemente recebeu o jogo entre Oeste de Itápolis e Palmeiras com a venda da bebida alcoólica liberada.
Segundo Mehde Meidão, enquanto as alterações no texto do projeto estão sendo providenciadas, ele vai propor o debate mais amplo sobre o assunto. “Temos que lutar pelas coisas de nossa cidade e ajudar as pessoas que tocam o futebol profissional”, comentou ele sobre como a venda de bebidas ajudaria a criar receita para manter as despesas do CAV.
O vereador também espera que alguns vereadores que votaram pela inconstitucionalidade do projeto, como Jurandir benedito da Silva, Pedro Beneduzzi e Osmair Ferrari, assíduos frequentadores da Arena Plínio Marin em dias de jogos, votem favorável, afim de ajudar a manter o futebol profissional da cidade.
Barretos
Em Barretos, antes do início da partida entre o time da casa e a Votuporanguense, perdida pela “pantera negra” por 5 a 0, a Rádio Cidade obteve do presidente do time da casa a cópia de um Projeto de Lei aprovado no dia 29 de janeiro, pela Câmara de Vereadores daquela cidade, aprovando a venda de cerveja nos jogos do time no Estádio Fortaleza. No artigo um do texto diz que “a lei regulamenta a venda de cerveja nos estádios de futebol, conjuntos poliesportivos e praças esportivas localizados no município de Barretos, em dias de eventos esportivos”.
Paulo Ivaldi, um dos diretores do CAV, também esteve em Barretos, falou ao microfone da emissora e fez questão de comprar uma cerveja no bar do estádio. “A gente fica indignado, porque em um local pode e no outro não. Precisa chegar a um consenso ou proibir no Brasil todo. Se a Câmara de Barretos liberou, e também outras cidades que temos conhecimento, como Sertãozinho e Ribeirão Preto, Votuporanga também poderia olhar com carinho. Iria ajudar e muito a diretoria do CAV”, comentou Ivaldi.
Segundo o diretor, pelos valores apresentados e consumo em uma hora e meia em jogos, não afetaria em nada o alcoolismo. “A gente sabe que tem que ser moderado. Lamentamos que não temos essa receita”. Segundo ele, o Barretos Esporte Clube comercializa o copo de 500ml de cerveja a R$5, o que gera R$10 mil ao clube por jogo. Entretanto, o que o CAV mais visava usufruir com a liberação da venda na Arena era a publicidade nas camisetas, com contrato que seria firmado com uma empresa cervejeira e ajudaria a manter as atividades do futebol profissional em Votuporanga.