Fahel Junior diz que elenco tem que tomar uma atitude rápida e tentar reverter quadro vencendo o Mirassol, no clássico
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Ainda abalado pela goleada sofrida no meio da semana contra o Barretos, por 5 a 0, fora de casa, pela sexta rodada do Campeonato Paulista da Série A2, o Clube Atlético Votuporanguense retornou aos treinos ontem, ainda tentando entender o que aconteceu no confronto contra o “Touro do Vale”. A melhor definição, talvez, foi do técnico Fahel Junior, que classificou o vexame como “um acidente terrível”. Ele disse ainda que espera reverter o quadro negativo no próximo domingo, na Arena, contra o Mirassol no clássico regional.
A reapresentação do elenco ocorreu durante a tarde no CT do Clube dos 40. Após atividade regenerativa comandada pelo preparador físico Caio Luz, parte do elenco que não jogou os 90 minutos participou de atividade com o técnico Fahel Junior. Em entrevista ao A Cidade, o comandante da Alvinegra disse que se passou muito pouco tempo para definir mudanças no time para a próxima partida, e que espera os treinos de hoje e amanhã para promover alterações, táticas ou técnicas.
Chateado com o resultado negativo, o técnico definiu a atuação da Pantera como um “acidente terrível”. “Não só pelo resultado, mas também pelo desempenho da equipe. Nós temos que tomar uma atitude, tentar reverter isso aí vencendo o Mirassol”, comentou Fahel.
O treinador ressaltou que o CAV ainda tem 13 jogos pela frente e mantém chances de classificação, e que a responsabilidade de melhorar na classificação é do atual grupo de jogadores. “Temos 27 jogadores inscritos, com direito a fazer uma contratação apenas. É esse grupo que vai reverter, que vai buscar o resultado”.
Análise
Com mais tranquilidade e fora do calor da partida, Fahel Junior analisou a partida. Segundo ele, o primeiro gol surgiu com apenas um minuto em uma pressão na saída de bola do adversário, que foi treinada e falada em preleção para o time fazer, mas que, após um balão do Barretos, em que a bola foi esticada de trás, sem pretensão nenhuma, saiu o pênalti com menos de dois minutos de jogo. “Também tivemos um pênalti não marcado a nosso favor, foi na minha frente, e naquele momento o empate poderia mudar o jogo, com a equipe se estabilizando psicologicamente. Em seguida, o time não se acertou, tomou o segundo e terceiro gols muito rápido.
Segundo ele, as saídas de Marcelinho para entrada de Paulo Henrique e de Chorão para Anderson Pedra foram importantes para evitar mais gols e uma derrota ainda mais aguda. “Tive que mudar porque a goleada estava decretada. Os jogadores estavam nervosos, indecisos, o Marcelinho com cartão amarelo, daí arrumei o meio de campo, que estava com dois jogadores (Natal e Chorão) sem características de marcação e procurei mudar atrás para evitar um desastre ainda maior”.
Correndo contra o tempo, o foco agora é em corrigir as falhas ofensivas, mas principalmente as defensivas. O time sofreu 13 gols em seis jogos, sem contar os quatro no amistoso contra a Ponte Preta durante a pré-temporada. “Vamos corrigir os muitos erros. Se perder de um a zero, temos uma visão do jogo, mas de cinco a zero, jogando abaixo da crítica, temos que mudar. O time da Votuporanguense tomou muitos gols, até antes da minha chegada, contra o São Caetano, Santo André e até antes contra a Ponte Preta. Precisamos de correções defensivas e ofensivas”, afirmou o comandante técnico do CAV.