No segundo semestre, time deve disputar a Copa Paulista, com orçamento mais baixo, mas que deve servir para montar o time da A2
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Passada a decepção com a derrota por 2 a 0 para a Portuguesa na Arena Plínio Marin, o Clube Atlético Votuporanguense segue sua rotina faltando apenas um jogo, para cumprir tabela, no Campeonato Paulista da Série A2. Com a jornada chegando ao fim, os olhos da torcida e também da diretoria do CAV miram para o segundo semestre e para o ano que vem, para uma campanha mais vitoriosa no estadual.
Após o jogo de quarta-feira (30), o presidente do CAV, Marcelo Stringari, concedeu uma entrevista esclarecedora ao microfone da Rádio Cidade 1190AM. Entre os assuntos, falou das possibilidade do time disputar a Copa Paulista, que deve se tornar realidade, até por conta dos compromissos com os patrocínios, Copa São Paulo de Junior, entre outros. Também falou sobre as possibilidades de renovação com atletas e com o técnico Fahel Junior.
Em primeiro lugar, Stringari parabenizou a torcida que compareceu e fez a parte dela contra a Lusa. “Nós não fizemos a nossa. Obrigado por ter vindo, e desculpa pelo que foi apresentado. É hora de tomar as providências devidas. Estamos felizes por ter permanecido na A2, mas tristes pela festa na arena que não foi correspondida em campo”, comentou.
Sobre o campeonato, falou que ficou notório que o futebol da A2 é de velocidade e que o time foi melhorar no meio da competição. Lembrou que a diretoria fez todo o possível, com pés no chão, pagamentos em dia com os atletas e dando suporte necessário para que os jogadores disputassem a competição. “Estamos entre as menores cinco folhas salariais da A2, mas cumprimos”.
Sobre a possibilidade de disputar a Copa Paulista, o presidente falou que os gastos, incluindo o valor de salários de jogadores tem que cair para menos da metade. “Temos que ver se os jogadores têm interesse de ficar. Vamos terminar de acertar as contas do clube, depois nos reuniremos para decidir como será o segundo semestre. Esperamos o convite da Federação. A competição foi um passo muito grande para gente subir para a A2, montamos um time, formamos uma espinha e conseguimos o acesso. Vamos planejar e ver como será o segundo semestre”. Ainda segundo o presidente, a parceria com a Ponte Preta está firme.
Ele também revelou as despesas financeiras do clube, em comparação com o ano passado. “Em 2015 tivemos um gasto de R$100 mil mensais, e nesse ano, de R$240 mil. Mais que o dobro”, avaliou. Sobre os jogadores do atual elenco que podem permanecer no CAV, o presidente afirmou que a diretoria não sabe ainda quem vai ou fica. “Quem ficar terá que abaixar o salário. Na Copa Paulista o orçamento é de R$30 mil mensais. Cada um tem que ter consciência se quer ou não jogar pelo CAV”.
Ainda sem cravar renovação de contrato, Marcelo Stringari disse que gostou muito dos volantes Xaves e Tufa e do goleiro Ricardo, mas isso não significa, no momento, que eles vão permanecer. O único certo é o zagueiro Paulo Henrique, que tem vínculo com o clube. Stringari também falou sobre a possibilidade, remota, de renovação com o técnico Fahel Junior.
Para o presidente, a permanência fica difícil por questões salariais, já que é um técnico de nível de primeira divisão. “Gosto dele, mas temos que sentar e conversar. É um treinador que está acostumado com A1”. Para terminar, Stringari comentou sobre a possibilidade de Votuporanga ser uma das sedes da Copa São Paulo de Futebol Junior em 2017. Ele revelou que a Federação Paulista, por meio de seu presidente Reinaldo, chegou até a cobrar a participação da cidade, para receber times grandes. Sobre isso, falou que é preciso medir os gastos, e a definição fica mais para frente.
