Nove meses. É esse o tempo de existência da Equipe de Atletismo Paralímpico de Votuporanga
A Equipe de Atletismo Paralímpico de Votuporanga treina três vezes por semana no CSU (Foto: Daniel Castro/A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Nove meses. É esse o tempo de existência da Equipe de Atletismo Paralímpico de Votuporanga. Coincidência ou não, é também a quantidade de tempo que dura uma gestação, e não é exagero dizer que o grupo tem ajudado a renascer no coração dos atletas a alegria e a vontade de vencer e de ser incluído na sociedade.
Tudo começou em junho de 2017, quando duas pessoas procuraram o professor de educação física Carlos Alberto Maranho, o Cacau, com a ideia de criar um time de atletismo paralímpico na cidade. “Gostei da intenção, então conversamos com o prefeito Dado e com o secretário de Esportes e Lazer, Mineiro, que desde então nos dão total apoio”, contou Cacau. O propósito inicial era montar uma equipe para representar o município nos Jogos Regionais e Jogos Abertos.
De lá para cá, o time cresceu. Hoje, são 15 atletas que treinam três vezes por semana as provas de arremesso de peso e lançamento de disco e dardo. Os treinamentos ocorrem no CSU.
A equipe vem crescendo e os resultados são bastante positivos para um grupo que ainda não tem um ano de formação. Nos Regionais, foram nove medalhas. Depois, mais três conquistas nos Jogos Abertos, porém o melhor ainda estava por vir. Em fevereiro, eles participaram da etapa regional do Circuito Loterias Caixa, em São Paulo, competição considerada o celeiro do atletismo paralímpico brasileiro, e trouxeram uma medalha de ouro e duas de bronze. “Está sendo maravilhoso trabalhar com eles e temos conseguido ótimos resultados, que são surpresa, porque nós não esperávamos, em nove meses, termos essas conquistas”, destacou.
Apesar de ser um grupo de atletismo, o primeiro objetivo não é o esporte, mas, sim, a inclusão dos cidadãos. “Eles participam de uma ação de lazer, uma atividade física, e consequentemente vamos analisando a aptidão de cada um e selecionamos para determinado treinamento”, explicou.
O professor lembrou que as pessoas com alguma necessidade especial são bastante excluídas pela sociedade e muitas vezes “não fazem parte do contexto”. “Hoje, nós estamos mudando isso com o atletismo paralímpico”, frisou.