Írio Barbosa, 41 anos, representa a Equipe de Atletismo Paralímpico de Votuporanga
Técnico Cacau e o atleta Írio Barbosa Júnior, 41 anos, que treina na Equipe de Atletismo Paralímpico de Votuporanga (Foto: Daniel Castro/A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Quando tinha 23 anos, Írio Barbosa Júnior sofreu um acidente de moto que lhe tirou parte dos movimentos, porém que não tiraram dele a vontade de praticar esporte e competir. Hoje, aos 41 anos, ele já ganhou uma medalha de ouro no Circuito Loterias Caixa, representando a Equipe de Atletismo Paralímpico de Votuporanga.
Em conversa com A Cidade, o atleta destacou a importância da equipe, não somente para o esporte, mas como meio de inclusão social. Írio, que já representou Fernandópolis e Jales, é um dos incentivadores para a criação do grupo em Votuporanga. Tudo começou em 2017, quando ele estava sem sede para competir. “Como não estava tendo apoio nas outras cidades, procurei o professor Cacau e começamos a montar o grupo, com o apoio do secretário Mineiro e do prefeito Dado”, lembrou.
Já na etapa Regional de São Paulo do Circuito Loterias Caixa, no mês passado, Írio conquistou ouro no arremesso de peso, categoria classe funcional F54. Além dele, Bruno Daniel dos Santos levou duas medalhas de bronze na categoria F55, nas provas de arremesso de peso e lançamento de dardo; enquanto Carlos Henrique de Lázaro Costa, da classe F57, figurou no top 10 da classificação, com sexto lugar no arremesso de peso e sétimo no lançamento de dardo.
Írio ressaltou que o esporte proporciona inclusão social, e o convívio entre os aletas na equipe de Votuporanga é bastante saudável para todos. “Nós aqui temos uma relação de grupo, mas, no geral, a sociedade tem a mentalidade de que a pessoa que está em uma cadeira de rodas ou que é amputado não serve mais como ‘produtivo’, no entanto a realidade é outra”, comentou. Ele acrescentou que a equipe local com atletas que são atuantes na comunidade (comerciante, designer, segurança, engenheiro). “Mostramos para a sociedade que a deficiência nada mais é que um estado, um estado físico, porém somos produtivos, tanto é que trazemos vários resultados para a cidade”, frisou.