Eulino Fernandes e Maurílio Francisco dos Reis estão na função há mais de 30 anos
Leidiane Sabino
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Votuporanga tem aproximadamente 60 taxistas, que não são organizados por meio de uma associação, mas que também não sofrem com problemas com trabalhadores clandestinos nem com concorrência desleal. Eles se reúnem em diferentes pontos da cidade, como na Praça da Matriz, rodoviária, Santa Casa, Vila Marin, Upa (Unidade de Pronto Atendimento) e Pozzobon. O jornal A Cidade conversou com profissionais que explicaram como funciona o trabalho deles na cidade.
Eulino Fernandes e Maurílio Francisco dos Reis há anos adquiriram seus pontos para a prestação do serviço na cidade. Eles explicaram que, hoje, quem quiser ser taxista em Votuporanga precisa comprar uma vaga, que custa em torno de R$25 mil. É preciso ter ainda um carro em bom estado de conservação.
O valor mínimo de uma corrida é de R$10, para o transporte em percursos mais curtos. A partir do menor preço, o próprio taxista determina quanto irá cobrar para ir aos lugares de longa distância. A partir das 19h, a taxa mínima sobe e pode ser de até R$20, dependendo do profissional.
Para solicitar um táxi, a pessoa vai precisar ir até um ponto ou então ter o número do celular do taxista.
Eulino Fernandes tem 53 anos de idade, nasceu em Votuporanga e trabalha como taxista há 30 anos. Nunca parou de exercer a atividade que para ele é um vício. “Não tem hora, nem dia para ser taxista. Ás vezes, estou em casa e resolvo vir para o ponto”, disse.
Ele já foi assaltado uma vez, mais este fato não o fez desistir da profissão.
Maurílio Francisco dos Reis tem 61 anos, também nasceu em Votuporanga e atua como taxista há 36 anos. Ele contou que realiza em média seis corridas por dia, mas acredita que este número pode aumentar devido o crescimento da cidade. “Com a vinda do shopping e a reforma do aeroporto para ter voos comerciais, acho que a cidade vai receber mais pessoas e, com isso, cresce os serviços para os taxistas”.
Para Eulino, a convivência os mototaxistas é boa. “Eles não nos atrapalham. Uma pessoa que precisa viajar, não vai de moto levando malas para a rodoviária”, disse.
Maurílio contou um fato curioso. “Uma vez levei uns rapazes para Rio Preto, eles iriam para São Paulo desfilar no Carnaval e levavam uma fantasia de águia, tão grande, que ultrapassava o porta-malas do carro. Todos na rua riam disso”.