Na noite da última quinta-feira, a escola fez uma mesa redonda, no Centro de Convenções
Leidiane Sabino
leidaine@acidadevotuporanga.com.br
O Curso e Colégio Celtas realizou durante toda a semana uma campanha preventiva a acidentes de trânsito envolvendo os alunos do ensino fundamental, do sexto ao nono ano. A intenção é promover a cidadania.
Entre as atividades realizadas pela escola e alunos está a divulgação da campanha “#NãoFoiAcidente”, que pode ser acessada por meio do seguinte endereço: www.nafoiacidente.org , que busca 1.300 assinaturas para que sejam criadas no país leis mais rígidas para os irresponsáveis ao volante. Os alunos estão divulgando a campanha por meio de suas redes sociais e incentivando a assinatura de seus familiares e amigos.
Os trabalhos foram multidisciplinares, incluindo o tema trânsito em todas as matérias escolares durante a semana.
Segundo a professora de filosofia e sociologia, Letícia Mayara Semenzato, faz parte do tripé da escola estimular que os alunos desenvolvam a capacidade de se mobilizar e participar a construção da sociedade.
Na noite da última quinta-feira, a escola fez uma mesa redonda, no Centro de Convenções, às 19h30, com as participações do promotor de justiça Eduardo Martins Boiati, o médio Antônio Seba Júnior e o soldado da Polícia Militar Stfanuti. Foram debatidos temas como as causas dos acidentes de trânsito em Votuporanga, os efeitos do álcool no organismo e dados estatísticos do município.
Para o próximo ano, a escola deve realizar novamente uma semana com debates de responsabilidade social, porém com uma temática diferente.
O movimento “#NãoFoiAcidente
O governo brasileiro gasta R$ 8 bi/ano em uma guerra que enfrenta diariamente: as imprudências no trânsito. São cerca de 40 mil vítimas de acidentes de transporte por ano. Dessas, 40% são decorrentes do álcool na direção. É também a principal causa morte de crianças de 1 a 14 anos no país.
De acordo com os últimos casos, hoje, a pessoa que bebe, dirige e mata, é indiciada por homicídio culposo (sem intenção de matar). Neste caso, se o atropelador for réu primário, pode pegar de dois a quatro anos de prisão. A habilitação pode ser suspensa por um ano. Na prática, segundo a Constituição brasileira, até quatro anos de prisão a pena pode ser convertida em serviços para a comunidade. Em outras palavras, nada acontece para quem mata no trânsito brasileiro.
A intenção da campanha é mudar as leis de trânsito, as quais têm tantas brechas e são tão permissivas no Brasil.
O movimento Não Foi Acidente lutará sempre por mais educação de trânsito e campanhas de conscientização.
Pontos importantes do projeto de lei:
•O exame de sangue (ou bafômetro) não seria mais necessário, pois, com a análise clínica de um médico legista ou de alguém que tenha fé pública já poderia ser aferido a embriaguez. Neste caso, o condutor poderia usar o bafômetro a seu favor, se interessado;
•O crime de trânsito continuaria como homicídio culposo, porém, a pena seria aumentada caso fosse provada a embriaguez do motorista (de cinco a nove anos de reclusão);
•Mesmo que não houver homicídio a pena seria aumentada quando provado a embriaguez do condutor do veículo.