Leidiane Sabino
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Um trabalho que começou na rua, de porta em porta, ganhou fama e o paladar dos votuporanguenses. Quem nunca comeu os salgados da dona Clemes Marselane, pelo menos já ouviu falar.
Ela tem 70 anos de idade, mais de 32 deles fazendo salgados em Votuporanga. ?Comecei vendendo no comércio, com uma caixa de isopor, ia de manhã e à tarde. Parei de vender na rua e os clientes começaram a me procurar em casa?, contou.
Dona Clemes explicou que a necessidade fez nascer o dom de cozinhar. Com o trabalho ela conseguiu se sustentar, reformar sua casa, comprar móveis novos e ainda equipar uma cozinha para formalizar o serviço. Hoje, ela conta com 16 colaboradores.
Basta ficar 10 minutos em sua casa para ver que os clientes não param de chegar e o telefone de tocar em busca de encomendas.
Ela mora na rua Paraná, 4192, com o esposo e o irmão. Acorda às 2h, de segunda-feira a sábado, e não tem hora para terminar o serviço. Muito disposta, ela fala do trabalho com alegria. Ao todo, são mais de 10 salgados diferentes. ?Entre os mais vendidos estão o corintiano e a esfiha de carne?, disse.
Hoje, dona Clemes atende 40 empresas entre supermercados, restaurantes, bares, faculdades e lanchonetes. Além das encomendas particulares para festas.
O dom de dona Clemes agrada pessoas como José Junqueira Pereira e sua mãe, Jordília Junqueira. Ele mora em São Paulo e a mãe sempre encomenda o salgado quando sabe que ele vem a passeio. ?Já levei salgados dela para São Paulo?, ele falou. Dona Jordília é uma das primeiras clientes de Clemes, que é um exemplo de que o trabalho tem tudo para dar certo quando há dedicação.