Fábio Ferrari busca parceiros, estuda novas tecnologias para serem agregadas e tornar possível a patente e comercialização do aparelho
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
O fisioterapeuta Fábio Luís Ferrari de Souza, de Votuporanga, desenvolveu um protótipo de MPC (Mobilização Passiva Contínua), um aparelho muito utilizado na medicina esportiva, em procedimentos pós-operatórios de joelho, permitindo a estimulação do membro precocemente.
Fábio explicou que este é um aparelho automatizado e necessita de um profissional especializado para programar e acompanhar na reabilitação. “Este tipo de aparelho é muito utilizado na Europa, inclusive pelo jogador de futebol Ronaldo, o Fenômeno, em suas reabilitações. Os benefícios com a utilização do MPC ocorreram no início da década de 80. Os principais resultados encontrados nas aplicações clínicas foram a liberação relativa da dor; manutenção de maiores amplitudes do movimento articular; cicatrização normal da ferida, ausência de complicações, curto período de hospitalização, curto período de reabilitação, redução de medicações, entre outros”, disse Fábio Ferrari.
O MPC é um método terapêutico que foi projetado para auxiliar na recuperação, após um trauma cirúrgico. Utilizando meios, onde a articulação é movimentada sem a ação voluntária dos músculos do paciente (não depende da vontade do paciente para realizar o movimento do joelho). A utilização do MPC em estudos durante as reabilitações demonstrou o efeito benéfico da mobilização precoce na regeneração da cartilagem e da articulação, sendo forma ideal de realizar movimento no pós-operatório com a máquina de MPC em algumas sessões, durante os primeiros 10 a 15 dias.
As justificativas que levaram o fisioterapeuta a pesquisar foram tornar disponível um aparelho de mobilização passiva contínua (MPC) com baixo custo final e fácil utilização técnica operacional, empregando-o nas reabilitações pós-operatórias (PO) dos traumas articulares, devido a escassez tanto de profissionais qualificados, quanto a de um aparelho de MPC economicamente viável, diferente dos já existentes no mercado.
Fábio relata que na montagem deste aparelho teve participações de mais duas pessoas e tem apoio de um renomado médico ortopedista para a sua utilização em pacientes, pois até o momento, o aparelho só foi testado em laboratório, sem a utilização de humanos.
Este aparelho fez parte do Trabalho Científico realizado por Fábio Ferrari no ano de 2009 e foi apresentado neste mesmo ano na cidade de Fernandópolis, na FEF (Fundação Educacional de Fernandópolis) durante a VIII Jornada Científica de Fisioterapia. Um aparelho de MPC é vendido hoje no mercado nacional por aproximadamente de 8 a 15 mil reais. “O custo final da confecção deste protótipo foi inferior a 5% do valor citado e muitos neurônios gastos”, comenta.
Todos os materiais utilizados na confecção deste protótipo foram encontrados em Votuporanga. Hoje, Fábio busca parceiros, estuda novas tecnologias para serem agregadas e tornar possível a patente e comercialização do aparelho.