Comissão já pensa no futuro: pretende voltar com os blocos carnavalescos para próximo ano; preparativos para 2014 devem começar em abril
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O Carnaval de rua está chegando e a população está só na expectativa. Serão dois dias de festa, de muito samba e de brilho na avenida Vale do Sol. O sorteio já foi definido: Raça Alvinegra é a primeira a exibir seu samba-enredo “Da magia a sedução”. Em seguida, será a vez da agremiação Águias da Liberdade que homenageia Monteiro Lobato e para finalizar, Falcão Negro contando a história do cinema.
Silvio Vieira, presidente da Lesvo (Liga das Escolas de Samba de Votuporanga), esteve na Rádio Cidade e falou sobre o desfile. “Tenho acompanhado os ensaios e já faz algum tempo que estão se preparando escolas será espetáculo na avenida”, disse.
As apresentações serão em dois dias: no sábado e na segunda, a partir das 21h. Mas a avaliação dos jurados será apenas no sábado.
Ele contou que a expectativa é que o Carnaval de rua tenha, em média, 200 componentes. “A obrigatoriedade é 120 membros na sua totalidade e dois carros alegóricos. Mas tem escolas com quatro, uma com três, com dois. A comissão de frente deve possuir, no mínimo, 10 pessoas, mas tem agremiação que vem com 16, conforme a coreografia”, explicou.
Região
Silvio Vieira destacou que algumas cidades da região não possuem mais Carnaval de rua. “Setentas cidades deixaram de fazer o evento neste ano, São José do Rio Preto é uma delas. Muitas pessoas vão participar do Carnaval aqui”, afirmou.
Ele contou que a Lesvo está em contato com a liga de Rio Preto para que seja criado um grupo regional. “Pensamos em montar um desfile com escolas de vários municípios”, ressaltou.
Blocos
Questionado por um ouvinte sobre a volta dos blocos carnavalescos, o presidente da Liga das Escolas de Samba de Votuporanga contou, em primeira mão, que irá abrir inscrições para estes grupos no próximo ano. Mas, ele disse que teria que ver em qual momento da apresentação, os blocos vão entrar na avenida. “O buraco que tem na pista, entre uma escola e outra, é sonoramente curto. Quando acaba o samba-enredo, começa o outro, não podemos prejudicar o desfile”, advertiu.
Maurício Simonato, vice-presidente na comissão organizadora do Carnaval, ressaltou que o trajeto do caminhão de som é similar ao do Rio de Janeiro e São Paulo. “O veículo tem que retornar pela mesma pista de pé, onde desceria o bloco. Nós já pensamos em introduzir os blocos antes do Carnaval de rua, mas tem detalhe técnico. Antes, o caminhão descia a rua Amazonas e subia a Pernambuco, e os grupos ficavam no meio para preencher este espaço e o caminhão retornar. Hoje, a avenida inteira é sonorizada”, frisou.
Tradição
Silvio Vieira disse que na década de 70, começou a gostar do Carnaval. “Minha vizinha era porta-bandeira, minha irmã saia também na “Deixa cair”. Era um espetáculo. São épocas diferentes, hoje o nosso Carnaval é bonito também, o material é diferente. A produção carnavalesca é muito cara. O que a gente está trabalhando, além da apresentação e confeccionar uma boa fantasia, é a cultura da samba. No decorrer de setes anos, queremos nos tornar independentes com relação ao desfile. Mesmo assim, o Poder Público irá ajudar”, finalizou.
