Dos atendimentos realizados pelo Sebrae de Votuporanga, 48% são de mulheres que buscam orientações para abrirem seu próprio negócio
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
As mulheres buscam cada vez mais a independência financeira e, também, gerenciar seus próprios negócios. E vários são os meios para auxiliá-las.
Ao longo dos anos, vem aumentando a participação das mulheres no empreendedorismo.
De acordo com pesquisas do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), das empresas formalmente constituídas no estado de São Paulo entre 1995 e 1997, 31% eram de propriedade de mulheres.
Entre 2003 e 2007, a participação das mulheres na constituição de empresas subiu para 37%. A fonte é a pesquisa “12 anos de monitoramento da sobrevivência e mortalidade de empresas”.
De acordo com o estudo do Sebrae-SP, Cenários para as MPEs, em 2020, o Sebrae-SP projeta que 47% dos empreendedores por conta própria e 42% dos empregadores paulistas sejam mulheres. Tais números devem ser alcançados se a tendência atual se mantiver.
Votuporanga
Do total de pessoas que procuram orientação na unidade do Sebrae de Votuporanga para abertura de empresas, 48% é formado por mulheres. Estes dados são referentes na microrregião do Sebrae, englobando Jales, Santa Fé do Sul e Fernandópolis.
Frank da Silva Morais é consultor de marketing do Sebrae-SP. Ele analisa que cada vez mais a mulher busca pelo empreendedorismo, por ter características pessoais marcantes: possuem mais iniciativa, criatividade, independência e autoconfiança.
“Embora os números no papel indiquem que o empreendedorismo é menor que os realizados pelos homens, as mulheres têm crescido nos negócios, pois são empreendedoras através das oportunidades que aparecem em suas vidas”, disse.
Em resumo, o consultor diz que empreendedorismo requer atitude, e isto a mulher apresenta com mais facilidade do que os homens. “Ela sabe administrar os desafios, pois lidera uma casa, a família, os filhos, ou seja, tem um comportamento de liderança que também dá subsídios para que gerencie os negócios”, ressaltou.
Sobre as áreas que as mulher mais opta em gerenciar seus negócios, Frank comenta que todos os segmentos têm representantes femininas. “A mulher tem atuado muito no varejo, nas pequenas indústrias, na produção de alimentos, mas a maioria opta pelo comércio varejista”, falou.
Orientação
No Sebrae, são oferecidas orientações técnicas em diversas áreas, entre elas financeiro, jurídico e outras, para que as mulheres empreendedoras possam aprimorar a gestão de negócios. “Guiamos também o acesso à tendência de mercado, além disso, oferecemos fomento à feiras de negócios, onde elas podem ver ideias diferentes e trocar experiências”, diz. A maioria da consultoria oferecida pelo Sebrae é gratuita, baseada em orientações técnicas; há também a ajuda para as pessoas que desejam sair da informalidade.
Na opinião do consultor, a taxa de mortalidade das empresas poderia ser reduzida se os empresários buscassem por conhecimentos sobre mercado e público alvo (clientes). “Quanto mais informações, maiores são as chances para o negócio sobreviver”, destacou.
A mulher que deseja um negócio próprio, primeiro deve ter em mente a ideia do projeto. Se ela julgar que é potencial de lucro, em seguida é feito um plano de negócio, baseado em informações de análise de mercado, para evitar o fechamento precoce.
A partir do plano de negócios, são estabelecidas as metas, onde é feito o planejamento do empreendimento, estabelecidos prazos e ações para executar o objetivo inicial que a pessoa traçou.
Também através do Sebrae, as mulheres empreendedoras recebem orientações ao acesso de crédito em bancos e outros benefícios.