Por que nunca se está feliz com que se tem? Será que fama e dinheiro realmente fazem a diferença? Estas são algumas das perguntas que a nova novela global das sete pretende responder
Novamente
propagandeando ares de mega produção, a Globo segue gravando as cenas de
“Sangue Bom”, a novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari que
substituirá “Guerra dos Sexos”.
Toda
a história tem como cenário a cidade de São Paulo e como eixo central a moda e
suas tendências, sendo protagonizada por seis personagens, Giane (Isabelle
Drummond), Bento (Marco Pigossi), Amora (Sophie Charlotte), Maurício (Jayme
Monjardim), Malu (Fernanda Vasconcellos) e Fabinho (Humberto Carrão). É em torno deles que a trama principal de
“Sangue Bom” se desenrola. Entre muitos encontros, e desencontros, a vida
desses seis jovens vai se cruzar.
O
destino uniu Amora, Fabinho e Bento no lar de adoção de Gilson (Daniel Dantas)
e Salma (Louise Cardoso). A partir daí, cada um deles foi responsável pela sua
própria história. Amora foi adotada pela atriz Bárbara Ellen (Giulia Gam) e se
tornou quase “sua imagem e semelhança”. “A personagem é uma famosa “it girl”,
vira tendência e ela adora isso”, explica Sophie Charlotte, sua intérprete.
E
Bárbara? Bom, ela é encrenqueira e canastrona, é a mãe biológica de Malu.
“Marqueteira”, fez da adoção de crianças uma bandeira para promover-se e isso
deixa Malu furiosa, já que é completamente o oposto da mãe e da irmã, Amora. “O
grande conflito da Malu são esses dois mundos, pois ela vive os dois lados da
moeda, esses dois valores”, descreve Fernanda Vasconcellos.
Bento
cresceu nas redondezas da Casa Verde, bairro paulistano e fundou uma
cooperativa de flores, onde trabalha com Giane. E Fabinho foi adotado por uma
família falida do interior do Estado. Mas ele volta para São Paulo disposto a
encontrar os pais biológicos e reencontrará Bento, e principalmente Amora, a
quem tentará conquistar a qualquer preço. “O Fabinho chega com papo de que
é rico, que estudou e fez coisas que nunca existiram”, adianta Humberto Carrão.
Quando
a história começa, Amora é noiva de Maurício e nem imagina que sua irmã de
criação, Malu, nutre por ele uma paixão platônica. “Eu o vejo como um menino
que se molda demais para estar ao lado de uma mulher elegante, desejada”,
identifica Jayme Monjardim. Giane também tem um amor não revelado, mas sua
personalidade é completamente diferente. “Ela é impulsiva. Fala o que sente e
tem aversão a Amora”, define Isabelle Drummond.
Neste
novo folhetim, Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari pretendem mostrar por
que tanta gente deseja o sucesso sem trabalho e a fama sem mérito. Enquanto uma
multidão persegue a fama, outras pessoas ainda preferem viver no conforto dos
afetos. No dia a dia, porém, todos querem mesmo é ser reconhecidos pelo que são
- ou tentam ser. Que o digam o florista Bento, a it-girl Amora, o bad boy
Fabinho, a doce Malu, a corinthiana Giane e o playboy Maurício, seis jovens que
não medem esforços para conseguir o que querem, inclusive, a tal da felicidade.
Uma coisa é certa para todos os personagens da novela: a felicidade não se
compra.
O
local escolhido para o início das gravações foi a zona norte de São Paulo, na
parte mais simples do bairro da Casa Verde, onde a vida comunitária ainda
resiste. É aí que começa a história de Bento, Amora e Fabinho que se entrelaça
com a de Malu, Giane e Maurício. “A particularidade da Casa Verde é que, além
de ser um dos últimos bairros com intensa vida comunitária, é uma área com vida
boêmia e musical intensa, temas que serão abordados na novela”, explica a
autora Maria Adelaide. “Lá ainda existe essa consciência do outro muito forte”,
complementa Vincent Villari.
A
equipe da novela passou 40 dias em São Paulo, Holambra e Campinas para captar
as primeiras imagens da trama. Para isso viajaram para a capital paulista 150
pessoas, quatro caminhões, 80% do figurino da novela, além de grande parte do
material de produção de arte e caracterização. “Tivemos um planejamento
minucioso. Por isso mesmo, por mais agitado que seja, enfrentamos uma rotina
calculada”, explica o diretor Dennis Carvalho. Entre os atores que
gravaram em São Paulo estão ainda Ingrid Guimarães, Julio Oliveira, Bruno
Garcia, Herson Capri, Bruna Hamu, Marco Ricca, Yoná Magalhães, Marisa Orth,
Mayana Neiva, Joaquim Lopes, Rômulo Neto, Maria Helena Chira, Malu Mader,
Felipe Camargo, Norival Rizzo, Josafá Filho, Sérgio Malheiros, Pedro Inoue,
Felipe Lima, Rafael Paoli, Pablo Morais, Tuna Dwek, Ellen Roche, Sylbeth
Soriano, entre outros.
Além
dos bairros da zona norte, como Casa Verde e o próspero Jardim São Bento, a
equipe também gravou no parque do Povo, Ibirapuera, Shopping JK, além de
alguns museus e espaços culturais, como o Museu Afro-Brasil e o Museu da Língua
Portuguesa. Em Campinas, grande parte do elenco esteve reunido em cenas no
fictício Kim Park. Para esta gravação, a equipe de produção de arte precisou
deslocar um caminhão só com o material gráfico que transformou o local no
parque de diversões da novela.
Em
outra cena, do casamento de Tina (Ingrid Guimarães), as flores ficaram em
evidência: foram usados 250 vasos de orquídeas, 200 maços de lisiantos, 250
samambaias, além de muito verde. Mas nada superou a gravação da primeira cena
da novela, que irá ao ar na estreia. Foram flores de todos os tipos: açucenas,
rosas, orquídeas, sete ervas. A gravação começou logo ao amanhecer, no Ceagesp
e além de contar com os produtores locais, a equipe recebeu um caminhão de
flores de Holambra, só para movimentação das cenas dos protagonistas na “Acácia
Amarela”, a cooperativa fictícia de Bento. No final do dia, as flores voltaram
para Holambra, no interior de São Paulo, onde parte do elenco também gravou
algumas cenas e fez laboratório para os personagens. Esta gravação foi
realizada com Marco Pigossi e Isabelle Drummond.
Agora
é esperar pela estreia para conferir.